sábado, 31 de janeiro de 2009
Há sem dúvida quem ame o infinito...
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem duvida quem não queria nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
Álvaro de Campos
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem duvida quem não queria nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
Álvaro de Campos
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Tudo que faço ou medito
Tudo que faço ou medito
Fica sempre na metade
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.
Fernando Pessoa
Fica sempre na metade
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.
Fernando Pessoa
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Não sei quantas almas tenho
Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem,
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: Fui eu?
Deus sabe, porque o escreveu.
Fernando Pessoa
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem,
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: Fui eu?
Deus sabe, porque o escreveu.
Fernando Pessoa
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Cabalas e perseguições...
É impressionante! Neste país, tudo o que envolva figuras públicas (políticos em particular!) e justiça ou são cabalas ou perseguições políticas! E, claro, acaba sempre tudo da mesma maneira: em águas de bacalhau...
domingo, 25 de janeiro de 2009
Cada dia é mais evidente que partimos
Cada dia é mais evidente que partimos
Sem nenhum possível regresso no que fomos,
Cada dia as horas se despem mais do alimento:
Não há saudades nem terror que baste.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Sem nenhum possível regresso no que fomos,
Cada dia as horas se despem mais do alimento:
Não há saudades nem terror que baste.
Sophia de Mello Breyner Andresen
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Dispersão
(...)
Perdi a morte e a vida,
E, louco, não enlouqueço...
A hora foge vivida
Eu sigo-a, mas permaneço...
Mário de Sá-Carneiro
Perdi a morte e a vida,
E, louco, não enlouqueço...
A hora foge vivida
Eu sigo-a, mas permaneço...
Mário de Sá-Carneiro
Frase do dia...
"Um coração partido não tem género. Só tem dor. Seja de homem. Seja de mulher."
Copiado d'O Arrumadinho
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Desculpem lá...
... o homem pode ser o novo "Messias", pode ser "o maior", pode ser tudo e mais alguma coisa, não é isso que está em causa, mas... eu já não posso ouvir falar em Barack Obama!
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Evadir-me, esquecer-me
Evadir-me, esquecer-me, regressar
À frescura das coisas vegetais,
Ao verde flutuante dos pinhais
Percorridos de seivas virginais
E ao grande vento límpido do mar.
Sophia de Mello Breyner Andresen
À frescura das coisas vegetais,
Ao verde flutuante dos pinhais
Percorridos de seivas virginais
E ao grande vento límpido do mar.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Estado d'alma...
Que desalento! Pensei que fosse necessário uma vida para sentir a desilusão que sinto!...
Serviço Público?...
É inadmissível que uma estação (dita!) de serviço público, altere a a sua programação normal, faça um Prós e Contras e uma Grande Entrevista apenas e só pra falar de Cristiano Ronaldo! Que um outro canal de tv privado o faça, tudo bem, é lá com eles, agora, a RTP? Afinal, o que é que a distingue dos restantes canais televisivos que lhe confira o título de serviço público?...Francamente, não estou a ver nada, antes pelo contrário...
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
domingo, 18 de janeiro de 2009
Pudesse Eu
Pudesse eu não ter laços nem limites
Ó vida de mil faces transbordantes
Para poder responder aos teus convites
Suspensos na surpresa dos Instantes!
Sophia de Mello Breyner Andreson
Ó vida de mil faces transbordantes
Para poder responder aos teus convites
Suspensos na surpresa dos Instantes!
Sophia de Mello Breyner Andreson
sábado, 17 de janeiro de 2009
Como Nuvens Pelo Céu
Como nuvens pelo céu
Passam os sonhos por mim.
Nenhum dos sonhos é meu
Embora eu os sonhe assim.
São coisas no alto que são
Enquanto a vista as conhece,
Depois são sombras que vão
Pelo campo que arrefece.
Símbolos? Sonhos? Quem torna
Meu coração ao que foi?
Que dor de mim me transtorna?
Que coisa inútil me dói?
Fernando Pessoa
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
domingo, 11 de janeiro de 2009
Dois dias depois do nevão...
... a minha aldeia continua assim, coberta de branco!
(E está frio, muito friooooooooooo!!!!)
Não há estrelas no céu...
Para mim, hoje, é Janeiro
Está um frio de rachar
Parece que o Mundo inteiro
Se uniu pra me tramaaar...
Não hááá estrelas no Céu...
Está um frio de rachar
Parece que o Mundo inteiro
Se uniu pra me tramaaar...
Não hááá estrelas no Céu...
sábado, 10 de janeiro de 2009
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Isto sim, é informação rigorosa!....
"Devido ao encerramento de estradas por causa da neve, a Câmara de Baião, no distrito de Guimarães, lançou, esta sexta-feira, uma operação para resgatar..."
Aqui Neve
Distrito de Guimarães???????
Aqui Neve
Distrito de Guimarães???????
domingo, 4 de janeiro de 2009
Prison Break - Season 4!
Começou hoje na RTP1 a 4.ª temporada de uma das minhas séries preferidas de sempre: Prison Break!Finalmente, os domingos passam a ter outro encanto:-)
(In)utilidades informativas...
No Jornal da Tarde, na RTP , ouvi uma jornalista a dizer que as pessoas estavam a regressar mais cedo (?) a casa das férias natalícias por causa do mau tempo...Mau tempo?... Onde?!... Bem, a não ser que agora Sol e temperaturas amenas sejam considerados mau tempo...Realmente, a nossa informação é de um interesse e de um rigor que nos deixa sem palavras!...
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Finalmente!
Finalmente, vamos-nos livrar do bolo-rei, das filhós, dos sonhos, das rabanadas, dos mexidos... Tudo coisas que detesto e que já não posso ver à minha frente! Os únicos que escapam são os sonhos...talvez porque comandam a vida:-)
As minhas imagens de 2008
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
ANO NOVO
Virás de manto realmente novo
Entre searas ardentes e mãos puras?
Poderemos enfim chamar-te novo,
Ano novo entre as tuas criaturas?
Deceparás enfim as mãos tiranas?
Será feita, enfim, nossa vontade?
Eu queria acreditar, vozes humanas,
Acreditar em ti, deus da verdade!
Como eu queria trazer-te a este mundo
(Mas onde te escondeste? Desde quando?)
Ó deus livre, sem espinhos, ó fecundo
Senhor do fogo alegre e não do pranto!
Ó ano novo, a minha esperança é cega.
Transforma em luz a nossa própria treva.
Alberto de Lacerda
Entre searas ardentes e mãos puras?
Poderemos enfim chamar-te novo,
Ano novo entre as tuas criaturas?
Deceparás enfim as mãos tiranas?
Será feita, enfim, nossa vontade?
Eu queria acreditar, vozes humanas,
Acreditar em ti, deus da verdade!
Como eu queria trazer-te a este mundo
(Mas onde te escondeste? Desde quando?)
Ó deus livre, sem espinhos, ó fecundo
Senhor do fogo alegre e não do pranto!
Ó ano novo, a minha esperança é cega.
Transforma em luz a nossa própria treva.
Alberto de Lacerda
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