sexta-feira, 26 de junho de 2015

Um fim de semana "à moda antiga".

 
Guimarães vs Amarante
 (Entre les deux mon cœur balance...)

Fora de tempo

Sinto que vivo num tempo que não é o meu.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Camané, O Homem do Leme


 
...
No fundo horizonte
sopra o murmúrio para onde vai.
No fundo do tempo
foge o futuro, é tarde demais...

E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...
 

Tempo

Se corre devagar o tempo, e o tempo
não corre, em que relógio contarei
os segundos que se demoram quando as
horas se precipitam, ou o amanhã


que nunca mais chega neste hoje
que já passou? Mas o tempo só o é
quando o perdemos; e ao ver que
é tarde, não se volta atrás, nem


as voltas que o tempo dá o voltam
a fazer andar. Por isso é que o tempo
nos dá tempo para o ter, se ainda


houver tempo; e se tivermos de o perder,
nenhum tempo contará o tempo que se
gastou para saber o que se perdeu, ou ganhou.



Nuno Júdice

domingo, 21 de junho de 2015

Tarde

 
 
O que eu queria dizer-te nesta tarde
Nada tem de comum com as gaivotas
 
 
 Sophia de Mello Breyner Andresen

Summertime, and the livin' is easy...

 
 
 
Imagem do Google.
 

sexta-feira, 19 de junho de 2015

A noite poisa

Devagar no jardim a noite poisa
E o bailado dos seus passos
Liberta a minha alma dos seus laços,
Como se de novo fosse criada cada coisa.
 
 
Sophia de Mello Breyner Andresen

quarta-feira, 17 de junho de 2015

segunda-feira, 15 de junho de 2015

domingo, 14 de junho de 2015

Intacta Memória

 
Intacta memória – se eu chamasse
Uma por uma as coisas que adorei
Talvez que a minha vida regressasse
Vencida pelo amor com que a lembrei.
 
 
SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.


Luís Vaz de Camões

terça-feira, 2 de junho de 2015

Identidade

(...)
Existo onde me desconheço
aguardando pelo meu passado
ansiando a esperança do futuro


No mundo que combato morro
no mundo por que luto nasço


Mia Couto