quinta-feira, 31 de março de 2016
Primavera revisitada
No meu tempo, quando chegava a primavera, ela chegava, de facto. Afinal, se esse era o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo? Outros tempos, outras primaveras. Saudades do meu tempo...
quarta-feira, 30 de março de 2016
À espera da neve... (Isto é anedótico!)
«Dez distritos de Portugal continental vão estar, quarta-feira, sob 'Aviso Amarelo' devido à previsão de queda de neve, informou hoje o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Segundo a informação publicada na página oficial do IPMA na Internet, os distritos de Bragança, Viseu, Porto, Guarda, Faro, Viana do Castelo, Castelo Branco, Aveiro, Coimbra e Braga vão estar sob 'Aviso Amarelo' entre as 12:00 e as 24:00 de quarta-feira, dada a previsão de queda de neve acima dos 400/600 metros.»
Fonte: Diário de Notícias
terça-feira, 29 de março de 2016
segunda-feira, 28 de março de 2016
Quer? Então faça acontecer!
Não tenho paciência para o discurso do "coitadinho" que passa a vida a queixar-se de tudo e de todos, mas que não move uma palha para mudar de vida. Pelo contrário, por pura preguiça e comodismo, fica à espera que as coisas lhe caiam do céu, de bandeja, sem lutar por elas. Infelizmente, como diz Vinícius, "a única coisa que cai do céu é a chuva", e, como tal, o "coitadinho", lá continua com a sua lamurienta e medíocre vidinha de sempre. De preferência, sentadinho no sofá, que é para não se cansar.
Mar sonoro
Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho.
Que momentos há em que suponho
Seres um milagre criado só para mim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho.
Que momentos há em que suponho
Seres um milagre criado só para mim.
Sophia de Mello Breyner Andresen
domingo, 27 de março de 2016
sexta-feira, 25 de março de 2016
Morri e renasci.
O medo tolhe-nos e mata-nos como a morte, mas faz-nos renascer mais fortes e renovados.
quarta-feira, 23 de março de 2016
segunda-feira, 21 de março de 2016
O poema me levará no tempo
[...]
Mesmo que eu morra o poema encontrará
Uma praia onde quebrar as suas ondas
E entre quatro paredes densas
De funda e devorada solidão
Alguém seu próprio ser confundirá
Com o poema no tempo
Sophia de Mello Breyner Andresen
Se eu gosto de poesia?
«Se eu gosto de poesia? Gosto de gente, bichos, plantas, lugares, chocolate, vinho, papos amenos, amizade, amor. Acho que a poesia está contida nisso tudo.»
Carlos Drummond de Andrade
domingo, 20 de março de 2016
Quando Vier a Primavera
Quando vier a Primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma
Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.
Alberto Caeiro
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma
Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.
Alberto Caeiro
Primavera
É Primavera agora, meu Amor!
O campo despe a veste de estamenha;
Não há árvore nenhuma que não tenha
O coração aberto, todo em flor!
O campo despe a veste de estamenha;
Não há árvore nenhuma que não tenha
O coração aberto, todo em flor!
Florbela Espanca
sábado, 19 de março de 2016
quarta-feira, 16 de março de 2016
terça-feira, 15 de março de 2016
Esta sombra que me cerca
...
Canção, vai para além de quanto escrevo
e rasga esta sombra que me cerca.
Há outra fase na vida transbordante:
que seja nessa face que me perca.
Eugénio de Andrade
segunda-feira, 14 de março de 2016
Motherland
...
Motherland cradle me
Close my eyes
Lullaby me to sleep
Keep me safe
Lie with me
Stay beside me
Don't go, don't go...
sexta-feira, 11 de março de 2016
quinta-feira, 10 de março de 2016
Run
I'll sing it one last time for you
Then we really have to go
You've been the only thing that's right
In all I've done
And I can barely look at you
But every single time I do
I know we'll make it anywhere
Away from here
Light up, light up
As if you have a choice
Even if you cannot hear my voice
I'll be right beside you dear
...
quarta-feira, 9 de março de 2016
Crepúsculo
Na hora em que o dia
não é mais dia,
em que a noite
não é noite ainda,
tudo é magia,
e o céu parece
veludo furta-cor
escorrendo das mãos vazias.
não é mais dia,
em que a noite
não é noite ainda,
tudo é magia,
e o céu parece
veludo furta-cor
escorrendo das mãos vazias.
Roseana Murray
terça-feira, 8 de março de 2016
segunda-feira, 7 de março de 2016
Casa de misericordia
(...)
La verdadera caridad da miedo.
Como la poesía: un buen poema,
por más bello que sea, será cruel.
No hay nada más. La poesía es hoy
la última casa de misericordia.
Joan Margarit
La verdadera caridad da miedo.
Como la poesía: un buen poema,
por más bello que sea, será cruel.
No hay nada más. La poesía es hoy
la última casa de misericordia.
Joan Margarit
domingo, 6 de março de 2016
A Mágica dos Movimentos Perpétuos
...
Assim regresso à era que pressinto
Encerrada e latente no meu pulso.
Pois que o presente não é mais que impulso
Da eternidade onde entro por instinto.
Encerrada e latente no meu pulso.
Pois que o presente não é mais que impulso
Da eternidade onde entro por instinto.
Natália Correia
quinta-feira, 3 de março de 2016
quarta-feira, 2 de março de 2016
E por vezes...
E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes
encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes
ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos
E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se evolam tantos anos
David Mourão-Ferreira
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes
encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes
ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos
E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se evolam tantos anos
David Mourão-Ferreira
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