quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Teu riso


(...)

Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a Primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.


Pablo Neruda

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