sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Deve chamar-se tristeza

Deve chamar-se tristeza
Isto que não sei que seja
Que me inquieta sem surpresa
Saudade que não deseja.
Sim, tristeza - mas aquela
Que nasce de conhecer
Que ao longe está uma estrela
E ao perto está não a Ter.

Seja o que for, é o que tenho.
Tudo mais é tudo só.
E eu deixo ir o pó que apanho
De entre as mãos ricas de pó.


Fernando Pessoa

1 comentário:

Rosa de Santa Isabel disse...

"um dia num restaurante fora do tempo e do espaço
serviram-me o amor
como dobrada fria..."...!!??...

para ti...pelo prazer do teu...