segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Não esperes, sê agora!

«Não penses para amanhã. Não lembres o que foi de ontem. A memória teve o seu tempo quando foi tempo de alguma coisa durar. Mas tudo hoje é tão efémero. Mesmo o que se pensa para amanhã é para já ter sido, que é o que desejamos que seja logo que for. É o tempo de Deus que não tem futuro nem passado. Foi o que dele nós escolhemos no sonho do nosso absoluto. Não penses para amanhã na urgência de seres agora. Mesmo logo à tarde é muito tarde. Tudo o que és em ti para seres, vê se o és neste instante. Porque antes e depois tudo é morte e insensatez. Não esperes, sê agora. Lê os jornais. O futuro é o embrulho que fizeres com eles ...»


Virgílio Ferreira
 
 

domingo, 30 de dezembro de 2012

sábado, 29 de dezembro de 2012

Seja bem vindo quem vier por bem

 
 
29 de dezembro
Resistência ao vivo
 
  

Somos donos de nossos atos

Somos donos de nossos atos,
mas não donos de nossos sentimentos;
Somos culpados pelo que fazemos,
mas não somos culpados pelo que sentimos;
Podemos prometer atos,
mas não podemos prometer sentimentos...
Atos sao pássaros engailoados,
sentimentos são pássaros em vôo.


Mario Quintana

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Noite

Porque és assim tão escura, assim tão triste?!
É que, talvez, ó Noite, em ti existe
Uma Saudade igual à que eu contenho!

Saudade que eu sei donde me vem...
Talvez de ti, ó Noite!...Ou de ninguém!...
Que eu nunca sei quem sou, nem o que eu tenho!!

Florbela Espanca

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

[My Deep Blue Ways]

 
There's a moment
In almost every day
I catch a little piece of blue
I stop for a while
Relax 'till a smile
Feels the sun
Come shining through
On a day like today
Don't you worry it's OK
It's just me
And my deep blue ways

They say I'm strong
Yeah I know
That's my history
It's a story that's good to read
But there's a piece of my soul
I could never control
It's never set me free
On a day like today
Don't you worry it's OK
It's just me
And my deep blue ways
Just me and my deep blue ways, yeah

It's such a long time ago
And it seems now so far away
Deep blue was the sky
Deep gold was the sand
And the music of forever
Gently played, yeah
On a day like today
Don't you worry it's OK
It's just me and my deep blue ways
It's just me and my deep blue ways

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Para isso somos feitos:

Para lembrar e ser lembrados!
 

sábado, 22 de dezembro de 2012

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Para ser grande, sê inteiro

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.


Ricardo Reis

domingo, 16 de dezembro de 2012

sábado, 15 de dezembro de 2012

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

domingo, 2 de dezembro de 2012

Palavras que poderiam ser minhas.

«Ficamos sozinhos quando somos exigentes. Ficamos sozinhos quando não mentimos. Ficamos sozinhos quando defendemos as nossas convicções. É um preço que estou disposto a pagar.»
 
 
Pedro Mexia in suplemento Actual do Expresso 01/12/12

"As Árvores Morrem de Pé"

sábado, 1 de dezembro de 2012

(As Regras da) Sensatez

Nunca voltes ao lugar
Onde já foste feliz
Por muito que o coração diga
Não faças o que ele diz
 
Nunca mais voltes à casa
Onde ardeste de paixão
Só encontrarás erva rasa
Por entre as lajes do chão
 
Nada do que por lá vires
Será como no passado
Não queiras reacender
Um lume já apagado
 
São as regras da sensatez
Vais sair a dizer que desta é de vez
 
Por grande a tentação
Que te crie a saudade
Não mates a recordação
Que lembra a felicidade
 
Nunca voltes ao lugar
Onde o arco-íris se pôs
Só encontrarás a cinza
Que dá na garganta nós
 
São as regras da sensatez
Vais sair a dizer que desta é de vez


Só mais uma vez, só mais uma vez, só mais uma vez...
 
 
Rui Veloso

Copy paste.

domingo, 25 de novembro de 2012

Para ti

Foi para ti
que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada
e para ti foi tudo

Para ti criei todas as palavras
e todas me faltaram
no minuto em que talhei
o sabor do sempre

(...)
 
Mia Couto

"I Want To Be Alone"


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Saudade.

Dói-me a saudade de um tempo em que era(mos) feliz(es).

domingo, 11 de novembro de 2012

sábado, 10 de novembro de 2012

"O Facebook é quem mais ordena".

Hoje em dia, indignação, repúdio ou louvor estão à distância de um clique. É fácil, cómodo e dá milhões...de "Likes".

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Memória

.Chove.
Mas, afinal, já chove há muitos anos...
O mundo dos meus pés nunca se move
Sem chuva, tristeza e desenganos...

Apesar disso,
Lembro-me perfeitamente bem
Do luminoso sol de certo dia...
Um lindo sol que doirava
Num toco que rebentava
Uma folha nascia.
 
 


 Miguel Torga
 

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Nuvens


No dia triste o meu coração mais triste que o dia...
Obrigações morais e civis?
Complexidade de deveres, de conseqüências?
Não, nada...
O dia triste, a pouca vontade para tudo...
Nada...

(...)

Álvaro de Campos

domingo, 28 de outubro de 2012

sábado, 27 de outubro de 2012

Campo entardecido

 
(...) 
A solidão povoada como um sonho
estagnou em redor da aldeia.
Os badalos recolhem a tristeza
tão dispersa da tarde. A lua nova
é uma pequena voz vinda do céu.
Enquanto vai anoitecendo
torna a ser campo a aldeia.

O pôr do Sol que não cicatrizou
ainda magoa a tarde.
Abrigam-se as cores trémulas
nas entranhas das coisas.
...
  
Jorge Luis Borges  

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Não basta abrir a janela

Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.
 
Alberto Caeiro 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Sim, (também) há crianças más.

Todos esses psicólogos, pedagogos, pedopsiquiatras e afins que acham que não há crianças más, deviam passar uns dia com a minha aluna L. que logo mudavam de opinião!

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Duetos (im)prováveis.

Das minhas músicas preferidas de sempre!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

A relatividade da distância.

"A distância mais curta entre dois pontos, é o desejo de se encontrarem".

João Morgado

sábado, 20 de outubro de 2012

Pensar de pernas para o ar

 
...
Que bom é pensar em outras coisas
e olhar para as coisas noutra posição
as coisas sérias que cómicas que são
com o céu para baixo e para cima o chão
 
Manuel António Pina

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

"Heroes"

We could be heroes just for one day...

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Há silêncios que falam alto.

É no silêncio das palavras que estão os maiores sentimentos. Porque há emoções que as palavras não sabem traduzir.

sábado, 6 de outubro de 2012

terça-feira, 2 de outubro de 2012

"Chuva"


As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

 
Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
...

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

(Dia Mundial da) Música

Adoro Música e não imagino a vida sem ela. A música, como diz Walter Haddon, "é o remédio da alma triste". (Como a minha).

domingo, 30 de setembro de 2012

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Rir (ainda) é o melhor remédio. E não paga imposto (por enquanto...).

Pelo menos numa coisa não estamos em crise: no humor. Valha-nos isso!

domingo, 9 de setembro de 2012

Palavras que poderiam ser minhas.

Sobre a comunicação do Primeiro-Ministro

«Faço parte dos que acham que foi longe demais, e que perdeu de vez o sentido de equilíbrio entre o que é governar em crise e o que é ter sentido social de Estado.
Tem a sorte de governar um país onde vivem indivíduos brandos e conformados, que o “pior” que podem fazer é, nas próximas eleições, votar “nos outros”, mudando alguma coisa para que tudo fique na mesma. Porque “os outros”, que estão agora indignados, se lá estivessem fariam o mesmo. E este, se estivesse na oposição, diria, revoltado, o que “os outros” dizem, ou os chumbos que prometem».
 

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

domingo, 2 de setembro de 2012

Lembrança

(...)
Coisa esquisita é esta da lembrança!
Na maior noite,
na maior solidão,
sem a tua presença verdadeira,
e eu vejo no teu rosto o teu desgosto,
e um ramo de flores, que não existe, cheira!
 

Miguel Torga

terça-feira, 31 de julho de 2012

E o que é que não pode faltar nas férias?

Livros, claro!
Pois bem, cá estão eles, prontinhos para seguir viagem comigo no próximo fim de semana (espero eu...). Muito boa esta promoção Fnac que, além dos preços bastante acessíveis, ainda oferece 1 caneca (bem gira!) por cada 2 livros comprados.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

A propósito...

O prelúdio desta música é simplesmente maravilhoso! Faz-me lembrar Ennio Morricone em "Era uma vez na América" (que eu adoro!)

quarta-feira, 25 de julho de 2012

segunda-feira, 23 de julho de 2012

sábado, 21 de julho de 2012

terça-feira, 17 de julho de 2012

"Optimus" anúncios.

Sou fã desta "Aldeia Global". Muito bom.

As "vagas de calor".

No meu tempo, não havia cá alertas amarelos nem "vagas de calor". A isso chama(va)-se...Verão!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Sail

Isto é o que eu chamo de música "aliviadora" do stress. Adoro!

domingo, 8 de julho de 2012

sábado, 7 de julho de 2012

Corte & Costura

(Ou de como quem se lixa é sempre o Zé Povinho!...)

Copiado do sapo.cartoon.

Anti-social, eu?

Ok, se calhar, sou um bocadinho. Mas prefiro ser assim do que fingir que gosto da companhia de todas as pessoa. Porque não gosto. Por isso, tenham lá paciência, mas, fazer fretes, não, obrigada.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

quinta-feira, 5 de julho de 2012

domingo, 1 de julho de 2012

Marão


(...)
Sem esta terra funda e fundo rio
Que ergue as asas e sobe em claro vôo;
Sem estes ermos montes e arvoredos
Eu não era o que sou.


Teixeira de Pascoaes

sábado, 30 de junho de 2012

Dói-me a saudade.


No TEMPO em que festejávamos o dia dos teus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
...
 

terça-feira, 26 de junho de 2012

Ondas do mar


As ondas do mar quebravam uma a uma
Eu estava só com a areia e com a espuma
Do mar que cantava só para mim

 
Sophia de Mello Breyner Andresen

sábado, 23 de junho de 2012

"Algo Estranho Acontece"

Não me canso de ouvir...

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Off(line).

Às vezes, gostava que na vida real também pudessemos definir o nosso "estado" como fazemos nas redes sociais. Para  algumas pessoas, estaria offline o tempo todo. Seria tão bom!...

domingo, 17 de junho de 2012

Do Dever de Deslumbrar

(...)
Para que se justifique a nossa vida
É preciso que alguém a invente em nós.
Os que nunca inspiram um poema
São as únicas pessoas sós.



Natália Correia

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Explicação da Eternidade

devagar, o tempo transforma tudo em tempo.
o ódio transforma-se em tempo, o amor
transforma-se em tempo, a dor transforma-se
em tempo.

os assuntos que julgámos mais profundos,
mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis,
transformam-se devagar em tempo.

por si só, o tempo não é nada.
a idade de nada é nada.
a eternidade não existe.
no entanto, a eternidade existe. 

...

José Luís Peixoto

domingo, 10 de junho de 2012

sábado, 9 de junho de 2012

Muy bien!

Excelente concerto deste senhor, há pouco,  em Guimarães. Muy bien, Pablito:-)

domingo, 3 de junho de 2012

De modos que é assim,

não sei como, mas acabo de eliminar 3 meses de postagens.(Enfim, também não se perdeu grande coisa...)

sexta-feira, 2 de março de 2012

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

domingo, 26 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Inscrição

Quando eu morrer voltarei para buscar
os instantes que não vivi junto do mar


Sophia de Mello Breyner Andresen

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Lágrimas ocultas

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...

(...)

Florbela Espanca

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Quem me roubou o tempo?

Quem me roubou o tempo que era um
quem me roubou o tempo que era meu
o tempo todo inteiro que sorria

onde o meu Eu foi mais limpo e verdadeiro
e onde por si mesmo o poema se escrevia


SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

domingo, 12 de fevereiro de 2012

A propósito da crise e dos políticos.

Se fossemos tão criativos e dinâmicos nos nossos postos de trabalho como somos a inventar piadas sobre os políticos e sobre a crise para publicar nos murais do Facebook, talvez o país não tivesse chegado à situação calamitosa a que  chegou.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Pumped Up Kicks

Esta é uma daquelas músicas que a gente ouve de manhã e fica com ela o resto do dia a "moer-nos" a cabeça. O que vale é que a música é gira. Eu gosto:-)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Belíssimo!

Frio na Suíça @Lusa

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Um Poema

Tu partiste nos quatro versos
que antecederam estas linhas;
ou partiu o teu sorriso, porque tu
sempre moraste no teu sorriso,
chuva verde nas folhas, o teu sorriso,
bater de asas no pulso, o teu sorriso,
e o sabor, esse ardor da luz
sobre os lábios, quando os lábios são
rumor de sol nas ruas, o teu sorriso.


Eugénio de Andrade

sábado, 4 de fevereiro de 2012

A propósito da polémica da (não) tolerância de ponto no Carnaval...

... será que é desta que nos livramos do deprimente Carnaval luso? Ah! E, já agora, nos tempos que correm, admite-se que algumas câmaras municipais gastem milhões de euros nos desfiles carnavalescos? Sinceramente, acho que não.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

As Três Palavras Mais Estranhas

Quando pronuncio a palavra Futuro
a primeira sílaba já pertence ao passado.

Quando pronuncio a palavra Silêncio,
destruo-o.

Quando pronuncio a palavra Nada,
crio algo que não cabe em nenhum não-ser.



Wislawa Szymborska

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Sobre a Palavra


Entre a folha branca e o gume do olhar
a boca envelhece

Sobre a palavra
a noite aproxima-se da chama

Assim se morre dizias tu
Assim se morre dizia o vento acariciando-te a cintura

Na porosa fronteira do silêncio
a mão ilumina a terra inacabada

Interminavelmente


Eugénio de Andrade

sábado, 28 de janeiro de 2012

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Scriptum

Poderá a imagem
descrever o rosto?
e a voz explicar
a palavra?
 

(...)

José Tolentino Mendonça

domingo, 22 de janeiro de 2012

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Não me macem, por amor de Deus!


Queriam-me casado, fútil quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?


(...)

Álvaro de Campos


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

ARRE!!!!

ARRE, que tanto é muito pouco!
Arre, que tanta besta é muito pouca gente!
Arre, que o Portugal que se vê é só isto!
Deixem ver o Portugal que não deixam ver!
Deixem que se veja, que esse é que é Portugal!
Ponto.

Agora começa o Manifesto:
Arre!
Arre!
Oiçam bem:
ARRRRRE!


Álvaro de Campos

sábado, 14 de janeiro de 2012

Explicação da Eternidade

devagar, o tempo transforma tudo em tempo.
o ódio transforma-se em tempo, o amor
transforma-se em tempo, a dor transforma-se
em tempo.

os assuntos que julgámos mais profundos,
mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis,
transformam-se devagar em tempo.

por si só, o tempo não é nada.
a idade de nada é nada.
a eternidade não existe.
no entanto, a eternidade existe.

os instantes dos teus olhos parados sobre mim eram eternos.
os instantes do teu sorriso eram eternos.
os instantes do teu corpo de luz eram eternos.

foste eterna até ao fim.

José Luís Peixoto

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Muse - Starlight

Música para os meus ouvidos:-)

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Sem ti

E de súbito desaba o silêncio.
É um silêncio sem ti,

sem álamos,
sem luas.

Só nas minhas mãos
ouço a música das tuas.

Eugénio de Andrade

domingo, 8 de janeiro de 2012

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

É urgente o amor *

É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.


Eugénio de Andrade

* A 1.ª postagem do ano tinha de ser assim: grandiosa e bela como (só) a poesia de Eugénio de Andrade sabe ser. Que em 2012 se concretizem as palavras do poeta: "que se inventem alegrias, se multipliquem os beijos, as searas, as rosas e as manhãs claras".