quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Dia 365.

Termina o ano comum.
Termina o ano como
um outro qualquer. Amei
cada um dos dias que
gastei. E gostei de os
gastar. De os gostar.
E degustei as horas, as
semanas, os meses. Fui
sábio umas vezes, outras,
impaciente.
(...)



Joaquim Pessoa

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

[tempo entre parêntesis]

 
 
"A vida é tempo entre parêntesis."
 
Nuno Lobo Antunes, in "Sinto Muito"

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

domingo, 27 de dezembro de 2015

Faz-me espécie!

Fazem-me espécie aquelas pessoas que assistem a um espectáculo - um concerto, uma peça de teatro, um bailado... -, e não mostram a mínima emoção nem batem uma única palma. Ficam ali, de olhos pregados nos seus Smartphones, a "facebookar", completamente indiferentes ao que se está a passar em palco. Mas por que raio estas pessoas não ficam em casa? Ó criaturas parvas e irritantes!

sábado, 26 de dezembro de 2015

(Quem me dera um) sossego.

...
Quem me dera um sossego à beira-ser
Como o que à beira-mar o olhar deseja.
 
 
Fernando Pessoa

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Natal

Outro natal,
Outra comprida noite
De consoada
Fria,
Vazia,
Bonita só de ser imaginada.
Que fique dela, ao menos,
Mais um poema breve
Recitado
Pela neve
A cair, ao de leve,
No telhado.
 
 
Miguel Torga

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Que o Natal nos leve de volta às ilusões dos dias da nossa infância!

 
"Aquele que não tiver o Natal no seu coração nunca o encontrará debaixo de uma árvore."
 
 
Roy L. Smith

domingo, 13 de dezembro de 2015

Não é que eu não goste do Natal...

Não gosto é deste consumismo descomedido, desta euforia delirante e oca que se vai sobrepondo aos verdadeiros valores do Natal, transformando esta época festiva numa verdadeira estafa.
 
 

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Saudades

Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...

(...)
E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.


Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas

que perdemos ao longo da nossa existência...


Clarice Lispector

domingo, 6 de dezembro de 2015

Segue o teu destino

 
Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.

...

 
Ricardo Reis

sábado, 5 de dezembro de 2015

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Dia de Folga


Grande música:-)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Um murro no estômago das consciências adormecidas.

 

 
Oxalá todos nós que vemos, partilhamos e comentamos este vídeo tão maravilhosamente tocante e comovente tenhamos percebido a sua mensagem. É hora de despertar as nossas consciências adormecidas e "voltar para casa". Antes que seja tarde demais!
 

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Tudo quanto o tempo me levou

[...]
Numa vida tão curta mudei tanto
que é com certo espanto que no espelho de manhã
distraído diviso a cara que me resta
depois de tudo quanto o tempo me levou
 
Ruy Belo

domingo, 29 de novembro de 2015

Dos melhores anúncios de Natal de sempre!


"O melhor acontece quando nos unimos".
 

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Silêncio que fala.

É o silêncio que incomoda e dói. É o silêncio que nos suspende. E queremos gritar, mas o grito desvanece-se na garganta transformando-se num imenso vazio.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Mariza|Melhor de Mim



Hoje a semente que dorme na terra
E se esconde no escuro que encerra
Amanhã nascerá uma flor
Ainda que a esperança da luz seja escassa
A chuva que molha e passa
Vai trazer numa gota amor
Também eu vou em busca da luz
Saio daqui onde a sombra seduz
Também eu estou à espera de mim
Algo me diz que a tormenta passará
É preciso perder pra depois se ganhar
E mesmo sem ver, acreditar
 
É a vida que segue e não espera pela gente
Cada passo que dermos em frente
Caminhando sem medo de errar
Creio que a noite sempre se tornará dia
E o brilho que o sol irradia
Há-de sempre me iluminar
 
Quebro as algemas neste meu lamento
Se renasço a cada momento meu destino na vida é maior
Também eu vou em busca da luz
Saio daqui onde a sombra seduz
Também eu estou à espera de mim
Algo me diz que a tormenta passará
É preciso perder pra depois se ganhar
E mesmo sem ver, acreditar
 
É a vida que segue e não espera pela gente
Cada passo que dermos em frente
Caminhando sem medo de errar
Creio que a noite sempre se tornará dia
E o brilho que o sol irradia há-de sempre me iluminar
Sei que o melhor de mim está por chegar
Sei que o melhor de mim está por chegar
Sei que o melhor de mim está por chegar


(AC Firmino/Tiago Machado)

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Da falta de vergonha na cara.

 
 
Se a hipocrisia e a falta de vergonha na cara dos nossos políticos pagassem impostos, tínhamos o problema da dívida pública resolvido e ainda nos sobravam uns trocos.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Liberdade

...
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.
 
 
Sophia de Mello Breyner Andresen

La Fête


domingo, 22 de novembro de 2015

O espelho

...
A idade é isto: o peso da luz
com que nos vemos.


Mia Couto

The Gift |Clássico


sábado, 21 de novembro de 2015

Eu (também) vejo televisão e cresci com ela.

«Eu vejo televisão. Peço desculpa. Sei que me ficaria melhor dizer: eu não vejo televisão. Que é o que dizem os nossos amigos e conhecidos que têm três livros nas estantes, um deles oferecido por um semanário. Eu vejo televisão e cresci com ela. Com o Vasco Granja, o “Domingo Desportivo”, “O Tal Canal”, “O Sítio do Pica-Pau Amarelo”, o “MacGyver”, o “Allô Allô!”, o “Eu Show Nico”, o “Era uma Vez o Espaço”, o “Roque Santeiro”, o “Dartacão”, o “Cheers, Aquele Bar”, o “Modelo e Detective”, a “Rua Sésamo”, o “Alf”, os “Três Duques” e “O Barco do Amor”. E com a “Roda da Sorte”, essa missa humorística diária, hilariante concurso sem interesse nenhum que acabou com o instante mais livre da televisão portuguesa e provavelmente mundial: aquele em que Herman enfiou uns quantos balázios no estúdio. Ah e também cresci com os anúncios do Boca Doce, da Mokambo e da Regisconta. Sei que não estou sozinho nisto.»
 
Nuno Costa Santos no observador.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

terça-feira, 17 de novembro de 2015

domingo, 15 de novembro de 2015

Urgentemente

É urgente o amor
É urgente um barco no mar

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos, muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.


Eugénio de Andrade

sábado, 14 de novembro de 2015

Liberté

[...] 
Sur toute chair accordée
Sur le front de mes amis
Sur chaque main qui se tend
J’écris ton nom
 
Sur la vitre des surprises
Sur les lèvres attentives
Bien au-dessus du silence
J’écris ton nom
 
Sur mes refuges détruits
Sur mes phares écroulés
Sur les murs de mon ennui
J’écris ton nom
 
Sur l’absence sans désir
Sur la solitude nue
Sur les marches de la mort
J’écris ton nom
 
Sur la santé revenue
Sur le risque disparu
Sur l’espoir sans souvenir
J’écris ton nom
 
Et par le pouvoir d’un mot
Je recommence ma vie
Je suis né pour te connaître
Pour te nommer
 
Liberté.
 
 
Paul Eluard

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Like I'm Gonna Lose You


Gosto tanto disto...
 

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Vida

Por vezes, perdemos a vida, a desejá-la tanto.

domingo, 8 de novembro de 2015

O silêncio

O silêncio só raramente é vazio
diz alguma coisa
diz o que não é.

José Tolentino Mendonça

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

O que (me) custa

O que custa com o passar dos anos, não são as rugas, nem os cabelos brancos, nem as mazelas ou constrangimentos típicos da idade. Não, o que custa de verdade, é perder as pessoas que amamos (e eu já perdi tantas, meu Deus!...)

Quero palavras novas

 
...
quero palavras novas
que não fiquem presas na garganta.
...
 
Paulo Eduardo Campos

terça-feira, 3 de novembro de 2015

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

sábado, 31 de outubro de 2015

Lembrança

...
Coisa esquisita é esta da lembrança!
Na maior noite,
na maior solidão,
sem a tua presença verdadeira,
e eu vejo no teu rosto o teu desgosto,
e um ramo de flores, que não existe, cheira!
 
 
Miguel Torga

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Hello*

 

 
*Impossível ouvir "Hello" e não responder de imediato:
"Is it me you're looking for?" 
Ah! Outra coisa! O meu telemóvel é anacrónico como o da Adele:-)))

domingo, 25 de outubro de 2015

Nostalgia

A pequena flor
só que além nasceu
sonhou ser maior:
nada lhe valeu...

Na cova esquecida,
sol que desejou
não a bafejou,
bastarda da vida...

E era flor ou gente?
Esquecida imperfeita
numa dor silente
ali jaz desfeita!

António Salvado

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

domingo, 18 de outubro de 2015

Chuva


As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudade
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
Da história da gente
E outras de quem nem o nome
Lembramos ouvir
...

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

As coisas simples não se encontram no curso previsível da vida

 
Nunca são as coisas mais simples que aparecem
quando as esperamos. O que é mais simples,
como o amor, ou o mais evidente dos sorrisos, não se

encontra no curso previsível da vida.
(...)
 
 
Nuno Júdice

terça-feira, 13 de outubro de 2015

A vergonha de não ter vergonha na cara

Neste triste país, o desplante de alguns políticos (e não só!), parece não ter limites para a falta de vergonha.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

I wasn't expecting that



It was only a smile
But my heart it went wild
I wasn't expecting that
Just a delicate kiss
Anyone could've missed
I wasn't expecting that
...

domingo, 11 de outubro de 2015

Sempre existe outro dia

Ainda bem que sempre existe outro dia.
E outros sonhos.
E outros risos.
E outras pessoas.
E outras coisas.

Clarice Lispector

sábado, 10 de outubro de 2015

Marcelo Camelo|Teus Olhos


Teus olhos abrem pra mim
Todos os encantos bons...

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Perfeição

 
A perfeição nasce do eco dos teus passos,
E a tua presença acorda a plenitude
A que as coisas tinham sido destinadas
.
 
 
Sophia de Mello Breyner Andresen

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Dia dos Castelos

 
Castelo de Guimarães
(E há castelo mais lindo do que este?...:-)

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Além Do Que Se Vê


 

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Pudesse Eu

 
Pudesse eu não ter laços nem limites
Ó vida de mil faces transbordantes
Para poder responder aos teus convites
Suspensos na surpresa dos instantes!

Sophia de Mello Breyner Andresen

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Homem Irracional




Um filme inquietante e perturbador - perverso, até! -, que nos coloca perante dilemas éticos e morais aos quais é impossível ficar indiferente. A não perder. Mesmo!

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Reality


...
Decisions as I go, to anywhere I flow.
Sometimes I belive, a time where we should know.
I can't fly high, I can't go long.
Today I got a million, Tomorrow, I don't know.
Make me feel the warm, make me feel the cold.
It's written in our story, it's written on the walls.
This is our call, we rise and we fall.
Dancin' in the moonlight, don't we have it all?

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

O tempo só o é quando o perdemos

...
nenhum tempo contará o tempo que se
gastou para saber o que se perdeu, ou ganhou.
 
Nuno Júdice

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Silêncio

 
Assim como do fundo da música
brota uma nota
que enquanto vibra cresce e se adelgaça
até que noutra música emudece,
brota do fundo do silêncio
outro silêncio, aguda torre, espada,
e sobe e cresce e nos suspende
e enquanto sobe caem
recordações, esperanças,
as pequenas mentiras e as grandes,
e queremos gritar e na garganta
o grito se desvanece:
desembocamos no silêncio
onde os silêncios emudecem.

Octavio Paz

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Persistência vs teimosia

Algumas pessoas confundem persistência com teimosia. Mas não é bem a mesma coisa. Ser persistente é ter a mente aberta, é não desistir  perante os  obstáculos, é procurar alternativas válidas, percebendo quando mudar e como mudar. Já a teimosia é outra coisa. Ser teimoso é ser intransigente, é não ouvir as opiniões de terceiros, é ser tacanho de ideias, é ser do contra pelo simples prazer de contrariar! Basicamente, o teimoso não passa de uma criatura arrogante e caprichosa. Só ele é que não vê isso. Lá está, porque é teimoso...

domingo, 13 de setembro de 2015

O meu olhar é nítido como um girassol

 
O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
(...)
 
 
Alberto Caeiro

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Nada dizer, apenas sentir.

 
 
 
Há momentos em que, por mais que procuremos as palavras certas, elas (as palavras!) parecem não servir. Então, nada dizemos, apenas sentimos.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

terça-feira, 8 de setembro de 2015

A espera do silêncio

...
Para me acostumar
à tua intermitente ausência
ensinei às timbilas
a espera do silêncio
 
Mia Couto

domingo, 6 de setembro de 2015

Shut up and Dance!


É tão "anos 80" esta música! Adoro:-)

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Companheira leal

 
Companheira leal, a solidão
parte sempre comigo
até onde a distância não existe.
 
António Salvado

terça-feira, 1 de setembro de 2015

[September morning still can make me feel that way...]


...
September morn
We danced until the night
Became a brand new day
Two lovers playing scenes
From some romantic play
September morning
Still can make me feel that way

...

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

domingo, 30 de agosto de 2015

Nostalgia

"Tristeza e abatimento mais ou menos profundos causados pelo afastamento de lugares, pessoas ou coisas que se amam e pelo desejo de as tornar a ver". (Definição copiada daqui.)
 Check!

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

sábado, 15 de agosto de 2015

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Até amanhecer

 
um resto de imortalidade
nos fosse dado a beber,
e toda a música da terra,
toda a música do céu fosse nossa,
 
até ao fim do mundo,
até amanhecer.
 
Eugénio de Andrade

domingo, 2 de agosto de 2015

A ti regresso, mar, ao gosto forte

 
A ti regresso, mar, ao gosto forte 
Do sal que o vento traz à minha boca,
 
 
José Saramago

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Efemeridade

Hoje, tudo é efémero. Mesmo o que se pensa para amanhã, é para já ter sido.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Cais


Para quem quer se soltar invento o cais
Invento mais que a solidão me dá
Invento lua nova a clarear
Invento o amor e sei a dor de encontrar
Eu queria ser feliz
Invento o mar
Invento em mim o sonhador

...

domingo, 26 de julho de 2015

O meu avô António

Gostava muito dos meus avós, mas sempre tive um carinho muito especial pelo meu avô António (pai do meu pai). O meu avô António morreu há 25 anos mas não há dia que não me lembre dele. Lembro-me da sua figura franzina, cabelos brancos e fartos, sempre de cigarro Kentucky na mão. Lembro-me das histórias que nos contava sobre a vida difícil que teve, e que ele transformava em autênticas histórias de aventura e suspense. Lembro-me do seu sentido de humor e de como fazia rir todos à sua volta. Lembro-me do orgulho que ele sentia por ter uma neta professora e de como fazia questão de o dizer a toda a gente. Lembro-me de tudo, avô. Lembro-me de ti todos os dias.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Pensar de pernas para o ar

Que bom é pensar em outras coisas
e olhar para as coisas noutra posição
as coisas sérias que cómicas que são
com o céu para baixo e para cima o chão

Manuel António Pina

quarta-feira, 22 de julho de 2015

A Insatisfação (nunca me abandona).


...
Quase nada
(experimento o céu de negro que há de norte a sul
nunca me conforma
(prometo-me a mim mesma mais de céu azul)
a insatisfação
(temo que haja pouco pra me contentar)
nunca me abandona
(mas nada me impede de tentar)

...

terça-feira, 21 de julho de 2015

Maravilhoso!

 
Completamente rendida a este  Amália - As Vozes do Fado.

sábado, 18 de julho de 2015

Lugares que voam dentro de nós

"Os lugares não se comparam. Como as pessoas, cada um deles acontece num momento único, numa única e irrepetível vida...”
 
Mia Couto

segunda-feira, 13 de julho de 2015

30 anos

Como é possível que já tenham passado 30 anos sobre o Live Aid? 30 anos??? É que parece que foi "ontem"!... Tou mesmo velhota:-(

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Dead Inside



Memória(s)

 A vida é feita de memória(s). Memória(s) do tempo que escapa da eternidade.
 

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Magnífico!


Sem dúvida, o melhor filme que vi nos últimos tempos. ADOREI!

terça-feira, 7 de julho de 2015

Mais Ninguém



Mesmo que não venha mais ninguém
Ficamos só eu e você
Fazemos a festa
Somos do mundo
Sempre fomos bons de conversar

...

domingo, 5 de julho de 2015

Silêncio(s)

 
...
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
 
Manoel de Barros

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Banda do Mar|Dia Clarear

 

Música para os meus ouvidos...

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Moras dentro, sem deus nem adeus.


Se partiste, não sei.
Porque estás,
tanto quanto sempre estiveste.

Essa tua,
tão nossa, presença
enche de sombra a casa
como se criasse,
dentro de nós,
uma outra casa.

No silêncio distraído
de uma varanda
que foi o teu único castelo,
ecoam ainda os teus passos
feitos não para caminhar
mas para acariciar o chão.

Nessa varanda te sentas
nesse tão delicado modo de morrer
como se nos estivesse ensinando
um outro modo de viver.

Se o passo é tão celeste
a viagem não conta
senão pelo poema que nos veste.

Os lugares que buscaste
não têm geografia.

São vozes, são fontes,
rios sem vontade de mar,
tempo que escapa da eternidade.

Moras dentro,
sem deus nem adeus.


 
Mia Couto

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Um fim de semana "à moda antiga".

 
Guimarães vs Amarante
 (Entre les deux mon cœur balance...)

Fora de tempo

Sinto que vivo num tempo que não é o meu.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Camané, O Homem do Leme


 
...
No fundo horizonte
sopra o murmúrio para onde vai.
No fundo do tempo
foge o futuro, é tarde demais...

E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...
 

Tempo

Se corre devagar o tempo, e o tempo
não corre, em que relógio contarei
os segundos que se demoram quando as
horas se precipitam, ou o amanhã


que nunca mais chega neste hoje
que já passou? Mas o tempo só o é
quando o perdemos; e ao ver que
é tarde, não se volta atrás, nem


as voltas que o tempo dá o voltam
a fazer andar. Por isso é que o tempo
nos dá tempo para o ter, se ainda


houver tempo; e se tivermos de o perder,
nenhum tempo contará o tempo que se
gastou para saber o que se perdeu, ou ganhou.



Nuno Júdice

domingo, 21 de junho de 2015

Tarde

 
 
O que eu queria dizer-te nesta tarde
Nada tem de comum com as gaivotas
 
 
 Sophia de Mello Breyner Andresen

Summertime, and the livin' is easy...

 
 
 
Imagem do Google.
 

sexta-feira, 19 de junho de 2015

A noite poisa

Devagar no jardim a noite poisa
E o bailado dos seus passos
Liberta a minha alma dos seus laços,
Como se de novo fosse criada cada coisa.
 
 
Sophia de Mello Breyner Andresen

quarta-feira, 17 de junho de 2015

segunda-feira, 15 de junho de 2015

domingo, 14 de junho de 2015

Intacta Memória

 
Intacta memória – se eu chamasse
Uma por uma as coisas que adorei
Talvez que a minha vida regressasse
Vencida pelo amor com que a lembrei.
 
 
SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.


Luís Vaz de Camões

domingo, 7 de junho de 2015