vou guardar só o que foi bom de guardar!
domingo, 31 de dezembro de 2017
quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
A fragilidade do tempo
«Às vezes já não sabes se é a bruma que te ofusca o olhar, ou o tempo que te arrancou do peito essa vontade imensa de navegar.»
São Gonçalves
terça-feira, 26 de dezembro de 2017
segunda-feira, 25 de dezembro de 2017
As minhas mãos mantêm as estrelas
As minhas mãos mantêm as estrelas,
Seguro a minha alma para que se não quebre
A melodia que vai de flor em flor
Arranco o mar do mar e ponho-o em mim
E o bater do meu coração sustenta o ritmo das coisas
Seguro a minha alma para que se não quebre
A melodia que vai de flor em flor
Arranco o mar do mar e ponho-o em mim
E o bater do meu coração sustenta o ritmo das coisas
Sophia de Mello Breyner Andresen
Dia de Natal
Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.
É dia de pensar nos outros— coitadinhos— nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.
Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
Entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.
(...)
António Gedeão
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.
É dia de pensar nos outros— coitadinhos— nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.
Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
Entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.
(...)
António Gedeão
domingo, 24 de dezembro de 2017
Natal
Soa a palavra nos sinos,
E que tropel nos sentidos,
Que vendaval de emoções!
Natal de quantos meninos
Em nudez foram paridos
Num presépio de ilusões.
Natal da fraternidade
Solenemente jurada
Num contraponto em surdina.
A imagem da humanidade
Terrenamente nevada
Dum halo de luz divina.
Natal do que prometeu,
Só bonito na lembrança.
Natal que aos poucos morreu
No coração da criança,
Porque a vida aconteceu
Sem nenhuma semelhança.
E que tropel nos sentidos,
Que vendaval de emoções!
Natal de quantos meninos
Em nudez foram paridos
Num presépio de ilusões.
Natal da fraternidade
Solenemente jurada
Num contraponto em surdina.
A imagem da humanidade
Terrenamente nevada
Dum halo de luz divina.
Natal do que prometeu,
Só bonito na lembrança.
Natal que aos poucos morreu
No coração da criança,
Porque a vida aconteceu
Sem nenhuma semelhança.
Miguel Torga
sexta-feira, 22 de dezembro de 2017
quinta-feira, 21 de dezembro de 2017
Pela luz oblíqua devia ser inverno
Pela luz oblíqua devia ser inverno,
um punhado de olhos procurava
nos meus
iluminados epitáfios.
Não gosto de ser olhado assim,
não tenho piedade
nem rosas, conheço os guinchos pelo voo,
venho dos lados do mar.
São vagarosas as derradeiras
luzes, também eu não tenho pressa:
não entendo essas vozes,
se me chamam não é por mim que chamam,
que não sou daqui.
um punhado de olhos procurava
nos meus
iluminados epitáfios.
Não gosto de ser olhado assim,
não tenho piedade
nem rosas, conheço os guinchos pelo voo,
venho dos lados do mar.
São vagarosas as derradeiras
luzes, também eu não tenho pressa:
não entendo essas vozes,
se me chamam não é por mim que chamam,
que não sou daqui.
Eugénio de Andrade
quarta-feira, 20 de dezembro de 2017
segunda-feira, 18 de dezembro de 2017
Raízes
Sei que é errado viver no passado
Mas o passado é vida
São caminhos traçados
Lembranças boas e más
.
Não posso viver no passado
mas esquecê-lo, jamais!
.
São as minhas raízes
Aquele passado, sou eu!
...
Ana Casanova
Mas o passado é vida
São caminhos traçados
Lembranças boas e más
.
Não posso viver no passado
mas esquecê-lo, jamais!
.
São as minhas raízes
Aquele passado, sou eu!
...
Ana Casanova
segunda-feira, 4 de dezembro de 2017
domingo, 3 de dezembro de 2017
Tempo frio em dezembro? Nunca se viu tal coisa!
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou hoje vários distritos em aviso amarelo por causa do “tempo frio”. Tempo frio? Meus senhores, estamos em dezembro, quase no inverno, queriam o quê, tempo de praia? Ó pá, a sério, não há pachorra!
sábado, 2 de dezembro de 2017
sexta-feira, 1 de dezembro de 2017
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