domingo, 24 de julho de 2022
sexta-feira, 22 de julho de 2022
segunda-feira, 18 de julho de 2022
Re-cordis
sexta-feira, 15 de julho de 2022
terça-feira, 12 de julho de 2022
Regresso sempre a ti.
regresso ao lugar dos abraços inocentes
e se por acaso não te encontrar
regresso ao calor das tardes de Verão
e se acaso ainda não te encontrar
haverei sempre de te ler no coração da poesia….
segunda-feira, 11 de julho de 2022
quarta-feira, 6 de julho de 2022
terça-feira, 5 de julho de 2022
sábado, 2 de julho de 2022
Desistência
Se me permitisse sentir,
diria que me falta metade da existência.
Deixo-me assolar por medos,
desassossegos, silêncios
velhos,
perguntas sem resposta;
tenho anseios de voo
e uma tontura, um enjoo,
que me prende ao chão e
trava.
Nada me diverte ou me
dispersa.
Nem esta espécie de força, a
dizer-se gasta,
que me sustenta;
nem esta imitação de troça
estéril,
em nós de água na garganta,
que, num esmagamento pesado,
certo,
me fere, me entontece e
arrasta;
nem este desalento surdo, feito
uma pasta,
colado, virado contra mim,
que me alimenta.
Que é feito desse animal,
ferido de morte,
que me escoiceava, em
cegueiras de justiça?
Espectadora de mim, a
desfazer-me,
já não sei se o que mais dói
é estar dormente.
Esboço o sorriso idiota de quem
não pensa,
a atitude de quem não mais se
interessa,
que nova batalha perdida é
indiferente,
tudo é tão mau quanto foi
noutra qualquer altura,
solto um suspiro, engulo em
seco,
aperto a boca e sento-me para
trás
em desistência.
Margarida Faro