Parafraseando Álvaro de Campos, "O que há em mim é sobretudo cansaço/Não disto nem daquilo,/Nem sequer de tudo ou de nada:/Cansaço assim mesmo, ele mesmo,/Cansaço."
Em 35 anos de serviço nunca meti um atestado médico e as faltas que dei foram por motivo de morte de familiares e/ou por internamento médico. E, mesmo assim, não "gastei" os dias todos a que tinha direito. A preocupação com os alunos e a responsabilidade profissional sempre falou mais alto, sempre estiveram em primeiro lugar. Contudo, nos últimos anos, a burocratização do ensino, a indisciplina dos alunos e a ingerência das famílias na dinâmica escolar é de tal ordem que, apesar de gostar tanto da minha profissão, se pudesse, deixava hoje mesmo o ensino. E isso deixa-me triste. Muito triste.
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