Há um silêncio pesado
Que não sei de onde é que vem
Nem sei se lhe chamam fado
Ou que outro nome é que tem
Se canto, não me dói tanto
O coração, magoado
Mas há em tudo o que canto
Este silêncio pesado
Não é mágoa nem saudade
Nem é pena de ninguém
O silêncio que me invade
E não sei de onde é que vem
Silêncio que anda comigo
E que mesmo sem eu querer
Diz através do que eu digo
O que eu não posso dizer
Este silêncio pesado
Que me suspende e sustém
Não sei se lhe chamam fado
Ou que outro nome é que tem
Se com palavras se veste
A alegria e pranto
Então que silêncio é este
Qua há em tudo o que eu canto
Manuela de Freitas
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