sábado, 6 de março de 2010

Toda a poesia é luminosa...


Toda a poesia é luminosa, até
a mais obscura.
O Leitor é que tem às vezes,
em lugar de sol, nevoeiro dentro de si.
E o nevoeiro nunca deixa ver claro.
Se regressar
Outra vez e outra vez
e outra vez
e essas sílabas acesas
ficará cego de tanta claridade.
Abençoado seja de lá chegar.



Eugénio de Andrade

5 comentários:

António disse...

Andrade, "ugénio".

Rosário disse...

Exactamente!

isabelprofesssoracommuitapena disse...

Amo o Eugénio...só que ele não sabe!(aos poucos regressa o meu bom humor - negro, mas bom).

António disse...

Isabel: um rápido regresso!

isabelprofesssoracommuitapena disse...

Olá António! Há quanto tempo! Até o Coimbra B sofreu com a ausencia!