Toda a poesia é luminosa...
Toda a poesia é luminosa, até
a mais obscura.
O Leitor é que tem às vezes,
em lugar de sol, nevoeiro dentro de si.
E o nevoeiro nunca deixa ver claro.
Se regressar
Outra vez e outra vez
e outra vez
e essas sílabas acesas
ficará cego de tanta claridade.
Abençoado seja de lá chegar.
Eugénio de Andrade
5 comentários:
Andrade, "ugénio".
Exactamente!
Amo o Eugénio...só que ele não sabe!(aos poucos regressa o meu bom humor - negro, mas bom).
Isabel: um rápido regresso!
Olá António! Há quanto tempo! Até o Coimbra B sofreu com a ausencia!
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