sábado, 25 de março de 2017

Marânus

(...)
E, sozinha, de pé, sobre um rochedo,
Disse-lhe um longo adeus.
E, já distante,
Marânus, ansioso, para trás
Volvia a face triste, a cada instante.
E parava, cismando…
Mas, ao longe,

O corpo da Saudade, vago e incerto,
Perdia-se, no ar que se turbava...

Anoitecia. A serra era um deserto.
E Marânus seguia o seu caminho.

Teixeira de Pascoaes

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