Eu sei que está escuro e que a vida é um
peso morto nas mãos rotas de tantas coisas
amontoadas nos dias. E que os dias são buracos
sem fundo onde tudo se perde de tanto caber.
E que eu sou um vento quase brisa, quase quieta,
mal percebida. E já esquecida tantas outras vezes.
Mas é preciso dizer alto as coisas:
Flor. Coração. Manhã.
Talvez haja ainda um corredor iluminado
entre o mundo e o silêncio.
Virgínia do Carmo
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