terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Best of 2008
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Os alertas amarelos...
domingo, 28 de dezembro de 2008
Qual é o mal? Foi só uma brincadeira, nada mais, tadinhos...
Viver...
Basta Pensar Em Sentir
Para sentir em pensar.
Meu coração faz sorrir
Meu coração a chorar.
Depois de parar de andar,
Depois de ficar e ir,
Hei - de ser quem vai chegar
Para ser quem quer partir.
Viver é não conseguir.
Fernando Pessoa
sábado, 27 de dezembro de 2008
Tá-se bem é na caminha!...
Prémio "Porque no te callas?!..."
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
A "seca" televisiva...
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Nascer
Para quem quiser ver a vida está cheia de nascimentos.
Nascemos muitas vezes ao longo da infância
quando os olhos se abrem em espanto e alegria.
Nascemos nas viagens sem mapa que a juventude arrisca.
Nascemos na sementeira da vida adulta,
entre invernos e primaveras maturando
a misteriosa transformação que coloca na haste a flor
e dentro da flor o perfume do fruto.
Nascemos muitas vezes naquela idade
onde os trabalhos não cessam, mas reconciliam-se
com laços interiores e caminhos adiados.
Enganam-se os que pensam que só nascemos uma vez.
Nascemos quando nos descobrimos amados e capazes de amar.
Nascemos no entusiasmo do riso
e na noite de algumas lágrimas.
Nascemos na prece e no dom.
Nascemos no perdão e no confronto.
Nascemos em silêncio ou iluminados por uma palavra.
Nascemos na tarefa e na partilha.
Nascemos nos gestos ou para lá dos gestos.
Nascemos dentro de nós e no coração de Deus.
O que Jesus nos diz é: "Também tu podes nascer",
pois nós nascemos, nascemos, nascemos.
José Tolentino Mendonça
Blasphemia santa
E, entre outras phantasias,
Eu disse-lhe sorrindo:
Se Deus surgisse agora, aqui, perante nós
O que é que lhe dizias?
- Que nos deixasse sós...
Augusto Gil
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Coisas que eu detesto no Natal III
Coisas que eu detesto no Natal I
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
domingo, 21 de dezembro de 2008
E se?...
Convites por "obrigação"...
Inverno
sábado, 20 de dezembro de 2008
Jantares de Natal...
NATAL À BEIRA - RIO
E o ponteiro pequeno a caminho da meta!
Cala-te, vento velho! É o Natal que passa,
A trazer-me da água a infância ressurrecta.
Da casa onde nasci via-se perto o rio.
Tão novos os meus Pais, tão novos no passado!
E o Menino nascia a bordo de um navio
Que ficava, no cais, à noite iluminado...
Ó noite de Natal, que travo a maresia!
Depois fui não sei quem que se perdeu na terra.
E quanto mais na terra a terra me envolvia
E quanto mais na terra fazia o norte de quem erra.
Vem tu, Poesia, vem, agora conduzir-me
À beira desse cais onde Jesus nascia...
Serei dos que afinal, errando em terra firme,
Precisam de Jesus, de Mar, ou de Poesia?
David Mourão-Ferreira
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Bobby Mcferrin - Don't Worry, Be Happy
Esta é para mim, estou a precisar disto para aguentar o dia de hoje...
Afinal, em que é que ficamos?...
19 de Dezembro, Público - Sócrates diz que 2009 vai ser o "Cabo das Tormentas".
2009 - Cabo das Tormentas ou Cabo da Boa Esperança?... Pelos vistos, depende dos dias...
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
As cartas do consumismo...
No meu tempo...
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Canção Ausente
Deixei de pronunciar palavras duras.
Para te amar ensaiei os meus lábios!
Para tocar-te ensaiei os meus dedos...
Banhei-os na água límpida das fontes.
Para tocar-te ensaiei os meus dedos!
Para te ouvir ensaiei meus ouvidos!
Pus-me a escutar as vozes do silêncio...
Para te ouvir ensaiei meus ouvidos!
E a vida foi passando, foi passando...
E, à força de esperar a tua vinda,
De cada braço fiz mudo cipreste.
A vida foi passando, foi passando...
E nunca mais vieste!
Pedro Homem de Mello, in Segredo
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Clandestino - Deolinda
Há que tempos que uma música não me arrepiava assim! É linda, linda, linda, linda, linda, linda...
domingo, 14 de dezembro de 2008
A solidariedade tem um preço...
sábado, 13 de dezembro de 2008
Salvem os ricos (contemporâneos)
Excelente os Contemporâneos neste Band Aid aos coitadinhos dos ricos que tanto precisam...
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Simply Red - If you dont know me by now
If you don't know me by now
You will never,never,never Know me...
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Quem os viu e quem os vê...
Deputados "da Nação"?
domingo, 7 de dezembro de 2008
O circo...
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
As razões da greve
Escolas silenciosas
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Ainda a neve e o frio...
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
domingo, 30 de novembro de 2008
E lá se passou mais um mês...
Neve
sábado, 29 de novembro de 2008
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Deolinda - Mal por mal
Já sou quem tu queres que eu seja;
Tenho emprego e uma vida normal.
Mas quando acordo e não sei
Quem eu sou, quem me tornei,
Eu começo a bater mal…
O teu bem faz-me tão mal.
Já me enquadro na tua estrutura,
Não ofendo a tua moral,
Mas quando me impões o meu bem
E eu ainda o sinto aquém,
O teu bem faz-me tão mal,
O teu bem faz-me tão mal
Sei que esperas que eu não te desiluda,
Que, por bem, siga o teu ideal.
Mas não quero seguir ninguém,
Por mais que me queiras bem
O teu bem faz-me tão mal.
O teu bem faz-me tão mal.
Sei que me vais virar do avesso
Se eu te disser foi em mim que apostei.
Não, não é nada que me rale,
Mesmo que me faça mal.
Do avesso te direi:
“O teu mal faz-me tão bem!”
( eu não sei falar de amor...)
de falar sem o dizer,
não ia ser tão difícil
revelar-te o meu querer.
A timidez ata-me a pedras
e afunda-me no rio...
Quanto mais o amor medra
mais se afoga o desvario.
E retrai-se o atrevimento
a pequenas bolhas de ar...
E o querer deste meu corpo
vai sempre parar ao mar...
(e eu não sei falar de amor...)
Deolinda
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Desabafo...
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Dúvida existencial...
domingo, 23 de novembro de 2008
Ainda a avaliação dos professores...
sábado, 22 de novembro de 2008
SINTO MUITO
terça-feira, 18 de novembro de 2008
A vergonha de não ter vergonha na cara
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
sábado, 15 de novembro de 2008
Uma nódoa
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
(...)
Álvaro de Campos
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Dia de S. Martinho
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
domingo, 9 de novembro de 2008
Há sem dúvida quem ame o infinito...
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
Álvaro de Campos
sábado, 8 de novembro de 2008
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Viver sempre também cansa
O sol é sempre o mesmo e o céu azul
ora é azul, nitidamente azul,
ora é cinzento negro, quase verde...
Mas nunca tem a cor inesperada.
O mundo não se modifica.
As árvores dão flores,
folhas, frutos e pássaros
como máquinas verdes.
As paisagens também não se transformam.
Não cai neve vermelha,
não há flores que voem,
a lua não tem olhos
e ninguém vai pintar olhos à lua.
Tudo é igual, mecânico e exacto.
Ainda por cima os homens são os homens
soluçam, bebem, riem e digerem
sem imaginação.
E há bairros miseráveis, sempre os mesmos,
discursos de Mussolini,
guerras, orgulhos em transe,
automóveis de corrida...
E obrigam - me a viver até à Morte!
Pois não era mais humano
morrer por um bocadinho,
de vez em quando,
e recomeçar depois,
achando tudo mais novo?
Ah! se eu pudesse suicidar - me por seis meses,
morrer em cima de um divã
com a cabeça sobre uma almofada,
confiante e sereno por saber
que tu velavas, meu amor do Norte.
Quando viessem perguntar por mim
havias de dizer com teu sorriso
onde arde um coração em melodia:?
Matou - se esta manhã.
Agora não o vou ressuscitar
por uma bagatela.”
E virias depois, suavemente
velar por mim, subtil e cuidadosa,
pé ante pé, não fosses acordar
a Morte ainda menina no meu colo...
José Gomes Ferreira
domingo, 2 de novembro de 2008
sábado, 1 de novembro de 2008
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Ainda o Magalhães
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Os amigos...
FNV no Malsalgado
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
domingo, 26 de outubro de 2008
Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.
Fernando Pessoa
O prazer de ler
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Problema de expressão
está tão perto do meu
E o que digo está tão longe
como o mar está do céu...
O dia promete...
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Saudade!...
Saudade de quando tinha tempo pra sonhar...
Saudade de quando acreditava
Que apenas um sorriso teu bastava...
Sorriso audível das folhas
Não és mais que a brisa ali
Se eu te olho e tu me olhas,
Quem primeiro é que sorri?
O primeiro a sorrir ri.
Ri e olha de repente
Para fins de não olhar
Para onde nas folhas sente
O som do vento a passar
Tudo é vento e disfarçar.
Mas o olhar, de estar olhando
Onde não olha, voltou
E estamos os dois falando
O que se não conversou
Isto acaba ou começou?
Fernando Pessoa
domingo, 19 de outubro de 2008
Nuvens
Começo a conhecer-me. Não existo.
Sou o intervalo entre o que desejo ser e o que os outros me fizeram,
Ou metade desse intervalo, porque também há vida...
Sou isso, enfim...
Álvaro de Campos
sábado, 18 de outubro de 2008
Viver...
Vive só no presente.
Mas eu não quero o presente, quero a realidade;
Quero as cousas que existem, não o tempo que as mede.
Alberto Caeiro
Todos Os Dias
Antigamente acordava sem sensação nenhuma; acordava.
Tenho alegria e pena porque perco o que sonho
E posso estar na realidade onde está o que sonho.
Não sei o que hei-de fazer das minhas sensações.
Não sei o que hei-de ser comigo sozinho.
Quero que ela me diga qualquer cousa para eu acordar de novo.
Alberto Caeiro
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Sem comentários!...
Professores criaram músicas a louvar o Magalhães e cantaram durante as acções de formação.
No JN de hoje
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Estou Cansado
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
(...)
Álvaro de Campos
A Palidez do Dia
Dias maus...
sábado, 11 de outubro de 2008
Educação é Propaganda
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Saudade...
O que se sente...
sábado, 27 de setembro de 2008
terça-feira, 23 de setembro de 2008
'BORA' AÍ CONFESSAR UNS PECADOS PARA A TV
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Quando eu nasci
ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias,
nem o sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...
Pra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha mãe...
domingo, 21 de setembro de 2008
CAMANÉ - Um concerto memorável!
Camané - Quadras
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p´ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há-de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P´ra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Fernando Pessoa
CAMANÉ - Sei De Um Rio
Sei de um rio
sei de um rio
em que as únicas estrelas
nele sempre debruçadas
são as luzes da cidade
Sei de um rio
sei de um rio
rio onde a própria mentira
tem o sabor da verdade
sei de um rio
Meu amor dá-me os teus lábios
dá-me os lábios desse rio
que nasceu na minha sede
mas o sonho continua
E a minha boca até quando
ao separar-se da tua
vai repetindo e lembrando
sei de um rio
sei de um rio
E a minha boca até quando
ao separar-se da tua
vai repetindo e lembrando
sei de um rio
sei de um rio
Sei de um rio
até quando
Pedro Homem de Mello
Lembra-te Sempre De Mim
Que na música de um fado
A noite não tenha fim
-lembra-te logo de mim !
-lembra-te logo de mim!
Se o passado
De repente
Mais presente
Que o presente
Te falar também assim
-lembra-te logo de mim!
-lembra-te logo de mim!
Se a chuva no teu telhado
Repetir o mesmo fado
E a noite não tiver fim
-lembra-te sempre de mim !
-lembra-te sempre de mim !
O dia não tem sentido
Quando estás longe de mim...
Se o dia não tem sentido
Que a noite não tenha fim!
Que a noite não tenha fim!
O dia não tem sentido
Quando estás longe de mim...
Se o dia não tem sentido
Qua a noite não tenha fim!
Se a chuva no teu telhado
Repetir o mesmo fado
E anoite não tiver fim
-lembra-te sempre de mim!
-lembra-te sempre de mim!
-lembra-te sempre de mim!
-lembra-te sempre de mim!
David Mourão Ferreira
Este Silêncio
Que não sei de onde é que vem
Nem sei se lhe chamam fado
Ou que outro nome é que tem
Se canto, não me dói tanto
O coração, magoado
Mas há em tudo o que canto
Este silêncio pesado
Não é mágoa nem saudade
Nem é pena de ninguém
O silêncio que me invade
E não sei de onde é que vem
Silêncio que anda comigo
E que mesmo sem eu querer
Diz através do que eu digo
O que eu não posso dizer
Este silêncio pesado
Que me suspende e sustém
Não sei se lhe chamam fado
Ou que outro nome é que tem
Se com palavras se veste
A alegria e pranto
Então que silêncio é este
Qua há em tudo o que eu canto
Manuela de Freitas
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Desabafo...
André Sardet - Adivinha o quanto gosto de ti
Hoje, andei com isto a "martelar-me" o dia todo na cabeça :-)
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
A Ilusão antes da Realidade
domingo, 14 de setembro de 2008
Chove
Chove e de vez em quando faz um vento frio...
Estou triste, muito triste, como se o dia fosse eu.
N'um dia no meu futuro em que chova assim também
E eu, à janella, de repente me lembre do dia de hoje,
Pensarei eu «ah n'esse tempo eu era mais feliz»
Ou pensarei «ah, que tempo triste foi aquele»!
Ah, meu Deus, eu que pensarei d'este dia n'esse dia
E o que serei, de que forma; o que me será o passado que
é hoje só presente?...
O ar está mais desagasalhado, mais frio, mais triste
E há uma grande dúvida de chumbo no meu coração...
Álvaro de Campos
Mais um ano lectivo...
O Poema
Quando eu não for a habitação do tempo
E passarei sozinha
Entre as mãos de quem lê
O poema alguém o dirá
Às searas
Sua passagem se confundirá
Com o rumor do mar com o passar do vento
O poema habitará
O espaço mais concreto e mais atento
No ar claro nas tardes transparentes
Suas sílabas redondas
(Ó antigas ó longas
Eternas tardes lisas)
Mesmo que eu morra o poema encontrará
Uma praia onde quebrar as suas ondas
E entre quatro paredes densas
De funda e devorada solidão
Alguém seu próprio ser confundirá
Com o poema no tempo
Sophia de Mello Breyner
sábado, 13 de setembro de 2008
Savage Garden - I Knew I Loved You
I Knew I loved you before I met you
I tinhk I dreamed you into my life
I Knew I loved you before I met You
I have been waiting all my life
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.
Fernando Pessoa
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
WALL.E
Eles não são fotogénicos
Paulo Martins no JN de hoje
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Chumbos no básico e secundário atingiram este ano o valor mais baixo da última década.
via blogue dos marretas
Os Pais e as listas de material escolar...
- Caderno pautado A4
- Caneta azul
- Borracha
- Afia
- Régua
- Tesoura
- Compasso
- Dicionário
- Lápis de cor
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Mar de Mágoa...
Pensamento do dia...
domingo, 7 de setembro de 2008
Gotan Project - Santa Maria (Del Buen Ayre)
Quem conhece, enjoy it, quem não conhece, ouça com atenção! Eu gosto muito:-)
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Desacordo ou desencontro?
Ele diz que nós «discordamos» muitas vezes. Não é verdade; temos quase sempre opiniões parecidas. Acontece que ele é sentimental em matérias em que eu sou frio. E ele é frio em matérias em que eu sou sentimental. Não é um desacordo, é um desencontro.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Nostalgias...
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha...
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus barcos...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Florbela Espanca
terça-feira, 2 de setembro de 2008
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Pequena elegia de Setembro
mas deve haver um caminho
para regressar da morte.
Estás sentada no jardim,
as mãos no regaço cheias de doçura,
os olhos pousados nas últimas rosas
dos grandes e calmos dias de Setembro.
Que música escutas tão atentamente
que não dás por mim?
Que bosque, ou rio, ou mar?
Ou é dentro de ti
que tudo canta ainda?
Queria falar contigo,
dizer-te apenas que estou aqui,
mas tenho medo,
medo que toda a música cesse
e tu não possas mais olhar as rosas.
Medo de quebrar o fio
com que teces os dias sem memória.
Com que palavras
ou beijos ou lágrimas
se acordam os mortos sem os ferir,
sem os trazer a esta espuma negra
onde corpos e corpos se repetem
parcimoniosamente, no meio de sombras?
Deixa-te estar assim,
ó cheia de doçura,
sentada, olhando as rosas,
e tão alheia
que nem dás por mim.
Eugénio de Andrade
As férias chegaram ao fim...
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
O Que Nós Vemos
Por que veríamos nós uma cousa se houvesse outra?
Por que é que ver e ouvir seria iludirmo-nos
Se ver e ouvir são ver e ouvir ?
O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê
Nem ver quando se pensa.
Mas isso (tristes de nós que trazemos a alma vestida!),
Isso exige um estudo profundo,
Uma aprendizagem de desaprender
E uma sequestração na liberdade daquele convento
De que os poetas dizem que as estrelas são as freiras eternas
E as flores as penitentes convictas de um só dia,
Mas onde afinal as estrelas não são senão estrelas
Nem as flores senão flores,
Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e flores.
Alberto Caeiro
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
sábado, 23 de agosto de 2008
Tenho a certeza
De que entre nós tudo acabou.
- Não há bem que sempre dure,
E o meu, bem pouco durou.
Não levantes os teus braços
Para de novo cingir
A minha carne de seda;
- Vou deixar-te, vou partir!
E se um dia te lembrares
Dos meus olhos cor de bronze
E do meu corpo franzino,
Acalma
A tua sensualidade
Bebendo vinho e cantando
Os versos que te mandei
Naquela tarde cinzenta!
Adeus!
Quem fica sofre, bem sei;
Mas sofre mais quem se ausenta!
António Botto
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Festivais de Verão
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Coisas que me irritam profundamente quando estou na praia:
- Vento que nos deixa que nem "croquetes de areia".
- Pessoas que parece que engoliram uma cassete e falam, falam, falam...mas bem alto pra toda a gente na praia ouvir...
- Toques (irritantes!) dos telemóveis.
- Pessoas a falar aos BERROS ao telemóvel.
- Adolescentes histéricos e mal educados!
- Falta de civismo (uma constante!)
- Cães (a culpa é dos donos, claro, que os trazem para a praia...)
- Mirones.
- Idiotas que fazem da praia uma discoteca com música aos berros (geralmente, kizomba...)
- Imbecis que, tendo a praia praticamente toda livre, assentam arraias bem em cima de ti (Ugh! Que raiva!...)
- Pessoas que não páram de comer o tempo todo que estão na praia!
- ...
P.S. E agora vou por o protector solar que está na hora de "retomar ao serviço" :-)
domingo, 10 de agosto de 2008
Pensamento do mês...
Pedro Mexia, Estado Civil
quinta-feira, 31 de julho de 2008
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Poema 20
Escribir, por ejemplo: «La noche está estrellada,
y tiritan, azules, los astros, a lo lejos.»
El viento de la noche gira en el cielo y canta.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Yo la quise, y a veces ella también me quiso.
En las noches como ésta la tuve entre mis brazos.
La besé tantas veces bajo el cielo infinito.
Ella me quiso, a veces yo también la quería.
Cómo no haber amado sus grandes ojos fijos.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Pensar que no la tengo. Sentir que la he perdido.
Oír la noche inmensa, más inmensa sin ella.
Y el verso cae al alma como al pasto el rocío.
Qué importa que mi amor no pudiera guardarla.
La noche está estrellada y ella no está conmigo.
Eso es todo. A lo lejos alguien canta. A lo lejos.
Mi alma no se contenta con haberla perdido.
Como para acercarla mi mirada la busca.
Mi corazón la busca, y ella no está conmigo.
La misma noche que hace blanquear los mismos árboles.
Nosotros, los de entonces, ya no somos los mismos.
Ya no la quiero, es cierto, pero cuánto la quise.
Mi voz buscaba el viento para tocar su oído.
De otro. Será de otro. Como antes de mis besos.
Su voz, su cuerpo claro. Sus ojos infinitos.
Ya no la quiero, es cierto, pero tal vez la quiero.
Es tan corto el amor, y es tan largo el olvido.
Porque en noches como ésta la tuve entre mis brazos,
Mi alma no se contenta con haberla perdido.
Aunque éste sea el último dolor que ella me causa,
y éstos sean los últimos versos que yo le escribo.
Pablo Neruda
segunda-feira, 14 de julho de 2008
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Para quê?!
Tudo é tristeza, tudo é pó, é nada!
E mal desponta em nós a madrugada,
Vem logo a noite encher o coração!
Até o amor nos mente, essa canção
Que o nosso peito ri à gargalhada,
Flor que é nascida e logo desfolhada,
Pétalas que se pisam pelo chão!...
Beijos de amor! Pra quê?! ... Tristes vaidades!
Sonhos que logo são realidades,
Que nos deixam a alma como morta!
Só neles acredita quem é louca!
Beijos de amor que vão de boca em boca,
Como pobres que vão de porta em porta!...
Florbela Espanca
terça-feira, 1 de julho de 2008
Complicadex!
domingo, 29 de junho de 2008
sexta-feira, 20 de junho de 2008
terça-feira, 27 de maio de 2008
Skank - Vamos Fugir
Vamos fugir
Deste lugar, baby
Vamos fugir
‘Tou cansado de esperar
Que você me carregue
Vamos fugir
Pra outro lugar, baby
Vamos fugir
Pra onde quer que você vá
Que você me carregue
…
Vamos fugir
Pra outro lugar ao sol
Outro lugar ao Sul
Céu azul, céu azul
Vamos fugir...
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Héroes del Silencio-Entre dos tierras
O que eu gosto desta música! E que boas recordações me tráz!Lembra-me um tempo em que fui feliz, muito feliz!Uma boa maneira pra começar o fds: ouvindo esta malha:-)
quarta-feira, 5 de março de 2008
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Hi5
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Clã - Sexto Andar
Uma canção passou no rádio
E quando o seu sentido
Se parecia apagar
Nos ponteiros do relógio
Encontrou num sexto andar
Alguém que julgou
Que era para si
Em particular
Que a canção estava a falar
E quando a canção morreu
Na frágil onda do ar
Ninguém soube o que ela deu
O que ninguém
estava lá para dar
Um sopro um calafrio
Raio de sol num refrão
...
(Esta manhã, quando ouvi a nova música de Luis Represas,"Sagres" senti-me assim, como se aquela música fosse pra mim, em particular...)
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
Receita de Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade