quarta-feira, 29 de abril de 2009
"Visitas de Estudo"
terça-feira, 28 de abril de 2009
PEEC*
* Propaganda Eleitoral Em Curso
segunda-feira, 27 de abril de 2009
GNR - Bem-Vindo ao passado
Já morri a morte certa
Já senti a fome, aperta a dor
Já bati à porta incerta
Viajei de caixa aberta, a dor
Pecado, fundido, queimado
Já desci lá em baixo ao fundo
Já falei com outro mundo e então
Já passei o limbo limpo
Já subi ao purgatório e vou
Zangado, bem vindo ao passado
Pecado, arrependido, queimado
Zangado, bem vindo ao passado
Pecado, fundido e queimado
Zangado, bem vindo ao passado
Pecado, arrependido, queimado
Nós Por Cá*
Cerejas...
Paisagens da minha terra...
domingo, 26 de abril de 2009
A felicidade é...II
sábado, 25 de abril de 2009
Tomei uma decisão...
A felicidade é...
Lição n.º 1 - Uma boa maneira de estragar a felicidade é fazer comparações.
Lição n.º 2 - A felicidade, muitas vezes, chega de surpresa.
Lição n.º 3 - Muita gente só perspectiva a sua felicidade no futuro.
Lição n.º 4 - Muita gente pensa que a felicidade é ser mais rico ou mais importante.
Lição n.º 5 - Às vezes, a felicidade, é não compreender.
Lição n.º 6 - A felicidade é uma boa caminhada na montanha.
Lição n.º 7 - O erro é acreditar que o objectivo final é a felicidade.
Lição n.º 8 - A felicidade é estar com as pessoas que amamos.
Lição n.º 9 - A felicidade é não faltar nada à família.
Lição n.º 10 - A felicidade é ter uma ocupação de que goste.
Lição n.º 11 - A felicidade é ter uma casa e um jardim.
Lição n.º 12 - A felicidade é mais difícil num país dirigido por pessoas más.
Lição n.º 13 - A felicidade é ser-se útil aos outros.
Lição n.º 14 - A felicidade é ser-se amado por aquilo que se é.
Lição n.º 15 - A felicidade é sentir-se completamente vivo.
Lição n.º 16 - A felicidade é festejar.
Lição n.º 17 - A felicidade é pensar na felicidade daqueles que amamos.
Lição n.º 18 - O sol e o mar são a felicidade para toda a gente.
Lição n.º 19 - A felicidade é uma maneira de ver as coisas.
Lição n.º 20 - A rivalidade é um poderoso veneno da felicidade.
Lição n.º 21 - As mulheres são mais atentas do que os homens à felicidade dos outros.
Lição n.º 23 - A felicidade é ocuparmo-nos da felicidade dos outros.
*Lições retiradas d'A Viagem de Heitor de François Lelord (livro que li há alguns anos, de que gostei muito, e que releio com alguma frequência)
sexta-feira, 24 de abril de 2009
A tradição já não é o que era...
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
Sophia de Mello Breyner Andresen
Tortura
O verso altivo e forte, estranho e duro,
Que dissesse, a chorar, isto que sinto!!
Florbela Espanca
Jorge Palma - Frágil
Põe-me o braço no ombro
eu preciso de alguém
dou-me com toda a gente
e não me dou a ninguém
frágil
sinto-me frágil
Faz-me um sinal qualquer
se me vires falar demais
eu às vezes embarco
em conversas banais
frágil
sinto-me frágil
Frágil
esta noite estou tão frágil
frágil
já nem consigo ser ágil
Está a saber -me mal
este Whisky de malte
adorava estar "in"
mas estou-me a sentir "out"
frágil
sinto-me frágil
Acompanha-me a casa
já não aguento mais
deposita na cama
os meus restos mortais
frágil
sinto-me frágil
Frágil
esta noite estou tão frágil
frágil
já nem consigo ser ágil
quinta-feira, 23 de abril de 2009
JORGE PALMA - Estrela do mar
Numa noite em que o céu tinha um brilho mais forte
e em que o sono parecia disposto a não vir
fui estender-me na praia sozinho ao relento
e ali longe do tempo acabei por dormir
Acordei com o toque suave de um beijo
e uma cara sardenta encheu-me o olhar
ainda meio a sonhar perguntei-lhe quem era
ela riu-se e disse baixinho: estrela do mar
Sou a estrela do mar
só a ele obedeço, só ele me conhece
só ele sabe quem sou no princípio e no fim
só a ele sou fiel e é ele quem me protege
quando alguém quer à força
ser dono de mim
Não sei se era maior o desejo ou o espanto
mas sei que por instantes deixei de pensar
uma chama invisível incendiou-me o peito
qualquer coisa impossível fez-me acreditar
Em silêncio trocámos segredos e abraços
inscrevemos no espeço um novo alfabeto
já passaram mil anos sobre o nosso encontro
mas mil anos são pouco ou nada para a estrela do mar
Jorge Palma
Os Meus Livros
São uma parte de mim, como este rosto
De têmporas e olhos já cinzentos
Que em vão vou procurando nos espelhos
E que percorro com a minha mão côncava.
Não sem alguma lógica amargura
Entendo que as palavras essenciais,
As que me exprimem, estarão nessas folhas
Que não sabem quem sou, não nas que escrevo.
Mais vale assim. As vozes desses mortos
Dir-me-ão para sempre.
Jorge Luis Borges
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Fica para outro dia...
terça-feira, 21 de abril de 2009
GRRRRRRRRRRR!!!!!!!
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Rui Veloso e Mariza - Não Queiras Saber de Mim
Não queiras saber de mim
Esta noite não estou cá
Quando a tristeza bate
Pior do que eu não há
Fico fora de combate
Como se chegasse ao fim
Fico abaixo do tapete
Afundado no serrim
Não queiras saber de mim
Porque eu estou que não me entendo
Dança tu que eu fico assim
Hoje não me recomendo
Mas tu pões esse vestido
E voas até ao topo
E fumas o teu cigarro
E bebes do meu copo
Mas nem isso faz sentido
Só agrava o meu estado
Quanto mais brilha a tua luz
Mais eu fico apagado
Amanhã eu sei já passa
Mas agora estou assim
Hoje perdi toda a graça
Não queiras saber de mim
...
(Auto)Retrato...
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
…
Fernando Pessoa/Álvaro de Campos in "Tabacaria"
domingo, 19 de abril de 2009
Domingo...
sábado, 18 de abril de 2009
O país dos senhores "Éngenhéiros"...
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Mas que raio de tempo II
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Cai Chuva Do Céu Cinzento...
Mas que raio de tempo...
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Tudo que faço ou medito...
Fica sempre na metade
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.
Fernando Pessoa
terça-feira, 14 de abril de 2009
"Back to normal"...
segunda-feira, 13 de abril de 2009
O Guardador de Rebanhos
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(pensar é estar doente dos olhos)
mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
mas porque a amo, e amo-a por isso
porque quem ama nunca sabe o que ama
nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
e a única inocência não pensar...
Alberto Caeiro
Pensamento do dia...
Carlos Drummond de Andrade
Tulipas
Conversas (in)úteis...
domingo, 12 de abril de 2009
Moulin Rouge - Come What May
(Re)vi hoje pela décima vez, pelo menos... Adoro este filme, que hei-de fazer?... :-)
Chuva
o teu rosto.
Fechava os olhos para te ver.
À minha frente um céu de abril
trazido pelo teu riso
miúdo ou pelo trigo grão a grão.
Só de olhos fechados vejo
a cidade
onde te perco com eles abertos.
Assim adormeço — a chuva
acesa em lugar do teu rosto.
Eugénio de Andrade
sábado, 11 de abril de 2009
Da Minha Aldeia
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Feriados religiosos...
quinta-feira, 9 de abril de 2009
E por falar em poesia...
Um poema exemplar: em linhas como:
«Cidade, rumor e vaivém sem paz das ruas,
Ó vida suja, hostil, inutilmente gasta,
Saber que existe o mar e existem praias nuas,
Montanhas sem nome e planícies mais vastas
Que o mais vasto desejo,
E eu estou em ti fechada e apenas vejo
Os muros e as paredes e não vejo
Nem o crescer do mar nem o mudar das luas.
Saber que tomas em ti a minha vida
E que arrastas pela sombra das paredes
A minha alma que fora prometida
Às ondas brancas e às florestas verdes»
Sophia de Mello Breyner Andresen
Ler...
Escrita...
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Sacode as nuvens
Sacode as aves que te levam o olhar.
Sacode os sonhos mais pesados do que as pedras.
Porque eu cheguei e é tempo de me veres,
Mesmo que os meus gestos te trespassem
De solidão e tu caias em poeira,
Mesmo que a minha voz queime o ar que respiras
E os teus olhos nunca mais possam olhar.
Sophia de Mello Breyner
terça-feira, 7 de abril de 2009
Forever young...
Números, códigos e passwords...
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Ex.mos Srs da DGRHE:
domingo, 5 de abril de 2009
Música...
Há Dias
que todo o lixo do mundo
nos cai em cima
depois ao chegarmos à varanda avistamos
as crianças correndo no molhe
enquanto cantam
não lhes sei o nome
uma ou outra parece-me comigo
quero eu dizer :
com o que fui
quando cheguei a ser luminosa
presença da graça
ou da alegria
um sorriso abre-se então
num verão antigo
e dura
dura ainda.
Eugénio de Andrade
sábado, 4 de abril de 2009
Damien Rice - The Blower's Daughter
And so it is
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time
And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her sky
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes...
And so it is
Just like you said it should be
We'll both forget the breeze
Most of the time
And so it is
The colder water
The blower's daughter
The pupil in denial
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes...
Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to
Leave it all behind?
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off you
I can't take my mind off you
I can't take my mind...
My mind...my mind...
'Til I find somebody new...
E os dias, sempre os mesmos...
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Não: não digas nada!
Supor o que dirá
A tua boca velada
É ouvi-lo já.
É ouvi-lo melhor
Do que o dirias.
O que és não vem à flor
Das frases e dos dias.
És melhor do que tu.
Não digas nada: sê!
Graça do corpo nu
Que invisível se vê.
Fernando Pessoa
Marley and Me
Não pude evitar as lágrimas no fim...Todos nós já tivemos o "nosso Marley" (se bem que o meu não fosse tão maluco:-)
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Noite de Abril
A minha rua
É outra rua.
Talvez por ser mais que nenhuma escura
E bailar o vento leste
A noite de hoje veste
As coisas conhecidas de aventura.
Uma rua nova destruiu a rua do costume.
Como se sempre nela houvesse este perfume
De vento leste e Primavera,
A sombra dos muros espera
Alguém que ela conhece.
E às vezes, o silêncio estremece
Como se fosse a hora de passar alguém
Que só hoje não vem.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Certas Palavras
em qualquer lugar e hora qualquer.
Estritamente reservadas
para companheiros de confiança,
devem ser sacralmente pronunciadas
em tom muito especial
lá onde a polícia dos adultos
não adivinha nem alcança.
Entretanto são palavras simples:
definem
partes do corpo, movimentos, actos
do viver que só os grandes se permitem
e a nós é defendido por sentença
dos séculos.
E tudo é proibido. Então, falamos.
Carlos Drummond de Andrade