Escrever está, inevitavelmente, associado ao gosto de ler. Desde sempre. Desde os tempos da primária em que a Biblioteca Itinerante por lá passava uma vez por mês. Ler, era uma forma de "sair do mundo", daquele mundo que não ia muito além da minha aldeia. Sophia de Mello Breyner era a minha eleita. "A Menina do Mar" foi a minha primeira aventura pelo mundo da leitura e nunca mais parei. O gosto ficou. Mais tarde, passei a frequentar a Biblioteca Amadeu de Sousa Cardozo (Amarante). Por essa altura, lia, compulsivamente, Eça, Camilo Castelo Branco, Flaubert, Victor Hugo, Emile Bronté... "O Monte dos Vendavais", "Os Miseráveis" ou "Madame Bovary", foram obras que me marcaram para sempre e que li duma vez só! Ficava noites inteiras a ler! Não parava enquanto não terminasse o livro (os olhos é que estão agora a "pagar a factura"...). Depois, veio a poesia. Como refere Victor Hugo "A poesia é tudo o que há de íntimo em tudo". A poesia eleva e fortalece o espírito, submete a aparência das coisas aos desejos da alma. É como uma pintura que se sente. Não imagino a vida sem poesia. Sem livros. Sem ler.
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