Terrível é o pensar.
Eu penso tanto
E me canso tanto com meu pensamento
Que às vezes penso em não pensar jamais.
Mas isto requer ser bem pensado
Pois se penso demais
Acabo despensando tudo que pensava antes
E se não penso
Fico pensando nisso o tempo todo.
Millôr Fernandes
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Hibernar...
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Estou a ficar "velhota"...
Ontem, encontrei duas amigas que, por circunstâncias da vida, já não via há anos. Lá ficámos a conversar, a recordar velhos tempos (como é da praxe!), mas havia uma coisa que não me saía da cabeça enquanto falavamos: "Como elas estão "velhas"!..." Claro que elas deviam estar a pensar o mesmo em relação a mim, não é verdade?rsss. É engraçado como nós só nos apercebemos desta passagem dos anos quando, olhando para os rostos dos outros, vemos neles o nosso próprio envelhecimento. Enfim, o tempo passa tão rápido! Ou melhor, quão rápida é a nossa passagem pelo tempo!... (Esta foi profunda, hem?...rssss)
domingo, 27 de setembro de 2009
Saudades do Outono...
sábado, 26 de setembro de 2009
Civismo...ou a falta dele!...
Há atitudes e comportamentos que me tiram do sério, nomeadamente, a falta de educação e de civismo. Hoje, por exemplo, ia sendo atropelada numa passadeira. E o que é que o palermóide que ia a conduzir ainda gritou com o vidro aberto: "Vê lá por onde andas, sua palerma!" Sem comentários.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Final de tarde...
My Sister's Keeper
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
O poder da romã...
Todos os anos, por esta altura, faço o painel do Outono com os alunos. Para além dos trabalhos de Expressão Plástica, o painel não ficaria completo sem os frutos tradicionais do Outono: uvas, castanhas (daí a peripécia dos ouriços!), figos, dióspiros, nozes e...romãs! E todos os anos é a mesma alegria contagiante sempre que pegam num pedaço de romã e saboreiam os seus bagos vermelhos. Porque será? O que é que a romã tem de tão especial para exercer esta atracção sobre as crianças? (Bem, não é só sobre as crianças, sobre a professora também!rsss) Talvez seja pelo seu exotismo, por ser um fruto pouco comum ou, principalmente, pela cor vermelha dos seus bagos... Não sei. Mas que a romã faz as delícias dos miúdos, isso faz!
A Lei de Murphy & Eu...
Conhecem a Lei de Murphy? Resumidamente, diz o seguinte: "Se alguma coisa pode dar errado, dará. E dará errado da pior maneira, no pior momento e de um modo que cause o maior dano possível." Pois bem, se alguma dúvida existisse a respeito da sua credibilidade, eu sou a prova de que a Lei é verdadeira!
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Há dias assim...
Há dias (os meus são quase todos!) em que os azares e as chatices nos perseguem. Desde levar com um ouriço na pinha, ser seleccionada (de novo!) para participar numa Formação sobre o afamado computador Magalhães, até ficar sem direcção assistida no carro no exacto momento em que me fazia mais falta (na entrada para a garagem do prédio onde é preciso fazer várias manobras que o espaço tem de ser aproveitado ao milímetro!), tudo me aconteceu. "E que temos nós a ver com isso?...", perguntarão vocês. "Nada!". Mas, como já aqui referi, tal como quem canta, também quem escreve (neste caso, posta!) seus males espanta. (E se eu tenho males para espantar! Ah! Se tenho!...) Ah! E o blogue é meu, portanto, blogo sobre o que me apetecer, não é verdade?rssss.
Ouriços...
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Em uma Tarde de Outono
Outono. Em frente ao mar. Escancaro as janelas
Sobre o jardim calado, e as águas miro, absorto.
Outono... Rodopiando, as folhas amarelas
Rolam, caem. Viuvez, velhice, desconforto...
Por que, belo navio, ao clarão das estrelas,
Visitaste este mar inabitado e morto,
Se logo, ao vir do vento, abriste ao vento as velas,
Se logo, ao vir da luz, abandonaste o porto?
A água cantou. Rodeava, aos beijos, os teus flancos
A espuma, desmanchada em riso e flocos brancos...
Mas chegaste com a noite, e fugiste com o sol!
E eu olho o céu deserto, e vejo o oceano triste,
E contemplo o lugar por onde te sumiste,
Banhado no clarão nascente do arrebol...
Olavo Bilac
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
E as conversas sempre as mesmas...
Eu sei que todas as mamãs se orgulham dos seus rebentos e que gostam de partilhar as suas aventuras pelo admirável mundo da maternidade. É perfeitamente normal que assim seja. Não é isso que está em causa. A questão é que, para quem está de fora, como é o meu caso, torna-se um bocadinho (ou melhor, bastante!) saturante ter de levar com as mesmas conversas, todos os dias, sobre as proezas dos petizes (cada um sempre mais desenvolto do que o outro, como é da praxe!). E, quando não se fala dos filhos, fala-se dos alunos...Ou seja, "vira o disco e toca o mesmo"!...Que saudades do tempo em que falava(mos) de música, cinema, literatura... em vez de fraldas, papas & afins!...
domingo, 20 de setembro de 2009
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Que (des)ânimo!...
Como é possível as aulas terem começado há uma semana e eu já esteja SATURADA?!... É que não me lembro de um início de ano lectivo tão stressante e sem ânimo!...(Detesto sentir-me assim!...)
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Não se deve voltar aos lugares onde fomos felizes...
Porque nada volta a ser do jeito que já foi um dia. Porque nada se repete. Porque o que torna os lugares especiais são as pessoas. E as pessoas mudam e mudam-se. E porque, hoje, estou cheia de saudades dos lugares e das pessoas onde e com quem fui feliz!...
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Adenda ao post anterior:
Que fique bem claro que eu não sou contra o uso das TIC na escola, antes pelo contrário! Para mim, é uma questão de prioridades e, na minha modesta opinião, deve-se começar pelo básico, ou seja, fazer da escola um lugar acolhedor e com boas condições de higiene e segurança. A partir daí, tudo que possa beneficiar os alunos e o ensino (TIC's incluidas, naturalmente!) é muito bem vindo. Estamos esclarecidos?...Ok.
Prioridades...
Pois é: a escola tem banda larga, os alunos todos têm o seu Magalhães (essa ferramenta que veio revolucionar o ensino!), mas, quem comprou (e pagou à sua custa!) o sabão líquido (e respectivos doseadores) assim como os toalhetes para os alunos limparem as mãos, fui eu! Palavras para quê?... É uma escola portuguesa, com certeza!
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Este blogue precisa de cor...
Nem acredito!
Finalmente, um dia sem reuniões! Bem, se calhar, é melhor não deitar foguetes antes da festa... Afinal, o dia ainda agora começou!...Nunca se sabe.... (Pelo sim pelo não, vou manter o Telem. desligado!)
AVISO:
Se mais alguém me diz: "Tens de ser mais positiva!...", acho que lhe vou às trombas! Grrrrrr! Que raiva!!!!!
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Venha ela!
Até que uma Gripe A vinha a calhar!... Vejamos: uma semana de sossego, livre de reuniões (só a palavra reunião já me causa náuseas!...) e sem ninguém a chatear-me a cabeça com Planos de Contingência & Coisas que Tais! ! Que maravilha! Venha a Gripe!
A respeito da Gripe...
Como posso elaborar um Plano de Contingência para a Gripe A (tenho que elaborar um para a minha escola até Sexta!), quando o próprio estabelecimento escolar não reune as condições mínimas de higiene e segurança para a prevenção da mesma?!... E não me venham com escolas-modelo "montadas para os media", onde tudo funciona a 100%, porque essa não é a realidade, de todo! A realidade é outra, bem mais negra e está à vista de todos: escolas degradadas e sem condições de higiene adequadas (como a minha!). Só não vê quem não quer!... Mas, como parece que vivemos no "país das maravilhas", vamos fazendo de conta que está tudo bem...Até ver...
domingo, 6 de setembro de 2009
Não se perdeu nenhuma coisa em mim
Não se perdeu nenhuma coisa em mim
Continuam as noites e os poentes
Que escorreram na casa e no jardim,
Continuam as vozes diferentes
Que intactas no meu ser estão suspensas.
Trago o terror e trago a claridade,
E através de todas as presenças
Caminho para a única unidade.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Continuam as noites e os poentes
Que escorreram na casa e no jardim,
Continuam as vozes diferentes
Que intactas no meu ser estão suspensas.
Trago o terror e trago a claridade,
E através de todas as presenças
Caminho para a única unidade.
Sophia de Mello Breyner Andresen
sábado, 5 de setembro de 2009
- Sim, está tudo bem :-(
Por que razão as pessoas insistem em perguntas como "Então, está tudo bem?" quando, à partida, sabem que está tudo mal?... E nós (cheios de vontade de gritar: NÃO! Não, está tudo bem, está tudo mal!), lá damos a resposta que querem ouvir:
- Sim, está tudo bem...
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Mais triste do que o que acontece
Mais triste do que o que acontece É o que nunca aconteceu. Meu coração, quem o entristece? Quem o faz meu? Na nuvem vem o que escurece |
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Debates, politólogos & afins...
Como se não bastasse ter de ouvi-los (os políticos!), ainda temos de levar com essa praga de politólogos e comentadores a debater os debates, como se nós, coitadadinhos, fossemos todos uns acéfalos que não sabem pensar pela sua cabeça... Tenham dó! É que não há pachorra!
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
"The Ugly Truth" - ABC da Sedução
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Tudo na mesma...tudo diferente...
Neste regresso ao trabalho (apesar de continuar na mesma escola/agrupamento), tudo me parece diferente! É uma sensação estranha (e triste!) não reencontrar os amigos de anos anteriores que, por razões várias, mudaram de agrupamento (alguns de distrito). Vou sentir (ou melhor, já sinto!) a falta deles. E agora, quem me vai fazer companhia nas "crónicas de escárnio e mal dizer", durante as Reuniões de Conselho de Docentes, hem, Isabel e Paula?... Isto, sem vocês, não vai ter piada nenhuma, mas, enfim, como dizia o outro "é a vida"! Até sempre! Bjs.
Pequena elegia de Setembro
Não sei como vieste,
mas deve haver um caminho
para regressar da morte.
Estás sentada no jardim,
as mãos no regaço cheias de doçura,
os olhos pousados nas últimas rosas
dos grandes e calmos dias de Setembro.
Que música escutas tão atentamente
que não dás por mim?
Que bosque, ou rio, ou mar?
Ou é dentro de ti
que tudo canta ainda?
Queria falar contigo,
dizer-te apenas que estou aqui,
mas tenho medo,
medo que toda a música cesse
e tu não possas mais olhar as rosas.
Medo de quebrar o fio
com que teces os dias sem memória.
Com que palavras
ou beijos ou lágrimas
se acordam os mortos sem os ferir,
sem os trazer a esta espuma negra
onde corpos e corpos se repetem,
parcimoniosamente, no meio de sombras?
Deixa-te estar assim,
ó cheia de doçura,
sentada, olhando as rosas,
e tão alheia
que nem dás por mim.
Eugénio de Andrade
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